Friday, May 25, 2012

Leitura do Sermão da Sexagésima do Padre Antônio Vieira


Leia o Sermão da Sexagésima do Padre Antônio Vieira e considere na sua leitura a visão crítica de Jamil Almansur Haddad, que ao analisar o texto barroco de Vieira considera:
 

"O problema estilístico em Vieira é fundamentalmente uma questão de ritmo, visto que é o unificador. O estilo Vieira é condicionado por todo um sistema orgânico de repetições. A condição rítmica traduz-se pela presença de figuras retóricas conhecidas ( a anáfora, o trocadilho, uma aparatosa nomenclatura / o paralelismo - modo de transmitir pluralidade de forma unitária).
Vieira transmite “unidade na variedade”. Se é possível juntar numa unidade só branco e branco, o é da mesma maneira a unificação de branco e preto. A antítese acaba sendo muito mais paralelismo do que divergência, daí o entendimento de que o barroco não faz mais do que hipertrofiar o classicismo. Acéro já dissera que “as oposições de palavras, as antíteses são os mais belos ornamentos do discurso”."
  
VIEIRA, Antônio. Sermões. Prefácio de Jamil Almansur Haddad. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1954

Aspectos a serem considerados na leitura e postados no blog poeticatecnologica.blogspot.com:

  •   Faça um levantamento das figuras retóricas e os sentidos retrabalhados no texto. 

 

Para acessar o Sermão da Sexagésima

- Entrar no site do Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp).
- Em tipo de mídia escolher "texto" e em título por "Sermão da Sexagésima".
- Clicar em baixar.

24 comments:

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Alunas: Vitoria e Jéssica
Série: 1° ano
Curso: Letras
Disciplina: Literatura Brasileira
Professora: Taiza


"Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque também das passadas colhe fruto. Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que são pregar à Índia, à China, ao Japão: os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta." (Paralelismo) - Padre Antônio quis relatar nesse paralelismo que todos os semeadores são importantes em algum lugar, tanto os que semeiam e vão pra outro lugar, ou aqueles que ficam onde começaram a semear.

"É tanta força da divina palavra, que, sem cortar nem despontar espinhos, nasce entre espinhos. É tanta força da divina palavra, que, sem arrancar nem abrandar pedras, nasce pedras. Corações embaraçados como espinhos, corações secos e duros como pedras, ouvi a palavra de Deus e tende confiança!" (Paralelismo anafórico) - Pe Vieira fez aqui uma comparação entre o sentimento com os objetos materiais ex: corações secos como pedras.


" Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbarase incultas, haviam de achar os homens denegrados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar os homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de acham homens pedras." (Anáfora) - Padre Vieira quis relatar que um pregador não pode ter preconceitos, precisa tratar as pessoas de igual para igual.


"Mas ainda a do semeador do nosso Evangelho não foi a maior. A maior é a que se tem experimentado na seara aonde eu fui, e para onde venho. Tudo o que aqui padeceu o trigo, padecem lá os semeadores. Se bem advertirdes, houve aqui trigo mirrado, trigo afogado, trigo comido e trigo pisado. Tudo isto padeceram os semeadores evangélicos da missão do Maranhão de doze anos a esta parte. Houve missionários afogados, porque uns se afogaram na boca do grande rio da Amazonas; houve missionários comidos, porque a outros comeram os bárbaros na ilha dos Aroãs; houve missionários mirrados, porque tais tornaram os da jornada dos Tocantins, mirrados de fome e da doença, onde tal houve, que andando vinte e dois dias perdido nas brenhas matou somente a sede com o orvalho que lambia das folhas." (Paralelismo anafórico) - Padre Antônio faz relatos das dificuldades passadas, e com isso ele esta comparando o homem com o milho, que fora pisado, mirrado, afogado.


"Pregavam palavras de Deus, mas não pregavam a palavra de Deus." (Trocadilho) - Pe Antônio faz um trocadilho onde ele primeiro afirma que pregavam a palavra de Deus e depois nos dá a entender que não pregavam necessariamente.


" Pouco disse S. Paulo em lhe chamar comédia, porque muitos sermões há que não são comédia, são farsa. Sobe talves ao púlpito um pregador dos que professam ser mortos ao Mundo, vestido ou amortalhado em um hábito de penitência." (Aparatosa nomenclatura) - Padre quis dizer que o amortalhado é o pecador que confessa seus pecados ao padre.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Alunas: Caroline e Tamara

Porque como os
Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas
bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em
todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens,
haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos,
haviam de achar homens pedras. E quando os pregadores evangé-
licos vão pregar a toda a criatura, que se armem contra eles todas
as criaturas?! Grande desgraça!

É uma anafora, enfatizando que a palavra devia ser levada a todos, que todo homem devia ser evangelizado.
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Para os semeadores, isto são glórias: mirrados sim,
mas por amor de vósmirrados; afogados sim,mas por amor de vós
afogados; comidos sim, mas por amor de vós comidos; pisados e
perseguidos sim, mas por amor de vós perseguidos e pisadosPara os semeadores, isto são glórias: mirrados sim,
mas por amor de vósmirrados; afogados sim,mas por amor de vós

Há 4 conceitos neste trecho:
* Anafora;
*Trocadilho;
*E o Eco;
*Metafora;
Ressaltando que apesar do sofrimento tudo era pequeno diante do amor de Deus. Para os pregadores isto é glória só por ser amado pelo Divino.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Jaqueline Rocha de Leão, Jeferson Luis da Silva.
1° Ano, Letras


• Faça um levantamento das figuras retóricas e os sentidos retrabalhados no texto.

II

Semen est verbum Dei.

O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que vêm outras que atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, porque a desatendem ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se colhe cento por um: Et fructum fecit centuplum.


• O padre Antonio Vieira utiliza da anáfora – repetição da mesma palavra no sentido de frases ou versos consecutivos – (Coração) para compara-las em seus diversos tipos: “... Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus...”.


I

• Vieira tinha a intenção de relatar que o verdadeiro pregador não é aquele que se contenta em ficar nos Paços – Patio da Igreja – com suas vanglorias, mas aquele que através dos seus próprios passos vai a semear vendo resultado: frutos. Utiliza a paranomasia (trocadilho) empregando palavras parônimas.

“...Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare.”


III

“Os ouvintes ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito. No Evangelho o temos. O trigo que caiu nos espinhos, nasceu, mas afogaram-no: Simul exortae spinae suffocaverunt illud. O trigo que caiu nas pedras, nasceu também, mas secou-se: Et natum aruit. O trigo que caiu na terra boa, nasceu e frutificou com grande multiplicação: Et natum fecit fructum centuplum. De maneira que o trigo que caiu na boa terra, nasceu e frutificou; o trigo que caiu na má terra, não frutificou, mas nasceu; porque a palavra de Deus é tão funda, que nos bons faz muito fruto e é tão eficaz que nos maus ainda que não faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos, não frutificou, mas nasceu até nos espinhos; lançada nas pedras, não frutificou, mas nasceu até nas pedras. Os piores ouvintes que
há na Igreja de Deus, são as pedras e os espinhos.”

• Utiliza também do Paralelismo – repetição simétrica de palavras – tendo efeito semântico, impressionando o leitor, levando-o a pensar na condição de cristão.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Nome: Flávia Machado Witt
1 ano Letras – Literatura Brasileira
Leitura do Sermão da Sexagésima do Padre Antônio Vieira
O sermão feito por Padre Antônio Vieira é um todo de 10 pequenos capítulos e é considerado seu mais importante sermão: uma crítica monumental ao estilo barroco, sobretudo ao Cultismo. Foi pregado na Capela Real, em Portugal. O tema principal do Sermão da Sexagésima é a “Parábola do semeador”, tirada do Evangelho. Vieira resume e comenta a parábola, examina a verdadeira função do pregador, considerando sua pessoa, sua ciência, a matéria e o estilo de seus sermões e sua voz, entre outras críticas.
Fazendo um levantamento das figuras retóricas e os sentidos trabalhados no texto, podemos observar:
Anáfora: "Há-de tomar o pregador uma só matéria; há-de defini-la, para que se conheça; há-de dividi-la, para que se distinga; há-de prová-la com a Escritura; há-de declará-la com a razão” A anáfora consiste em iniciar vários versos ou frases, ou sucessivos membros de frases por uma mesma palavra ou grupo de palavras. O Padre usa a anáfora para explicar, fixar a ideia de que um sermão deve ser focalizado num único tema para não confundir os ouvintes.
O trocadilho, uma aparatosa nomenclatura: “Paço (lugar de passagem) e passos (modo de andar)”. O Padre faz esse jogo de palavras para que a atenção dos fiéis na igreja fossem despertadas; Vieira tenta conquistar a docilidade se seu auditório pois está no início do seu sermão.
O paralelismo: “Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear há outros que semeiam sem sair”. O poder expressivo do estilo de Vieira manifesta-se na forma de paralelismo em seu texto, constata-se que o emprego das estruturas paralelísticas foi na intenção de estabelecer uma comparação, aludindo a aspectos negativos e positivos mediante uma ação.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Willian Brendon Klopass Locks de Godói

“E se quisesse Deus este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação ,como vem enganado com o pregador”
O auditório está enganado com o pregador, mas não pode permanecer do mesmo modo com a pregação. Sendo assim, a tarefa do pregador é convencer o auditório a crer em todo o seu conteúdo, não quem o dita.

“Entre os semeadores do evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair”
Os que plantarem em seu próprio solo sem ousar sair, colherá honestamente com toda recompensa merecida, mas com a vantagem de obter uma expansão maior para futuros plantios. Os que saem a pregar terão toda sua semeadura contada e medida assim como os passos, o que poderá gerar uma recompensa maior, mas sem espaço e sem retorno

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Aluna: Tamires da Silva
Série: 1° ano Letras


• Faça um levantamento das figuras retóricas e os sentidos trabalhados no texto.


(...) Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos.

Paronomásia consiste no emprego de palavras parônimas numa mesma frase, fenômeno que é popularmente conhecido como trocadilho, ou seja, possui a sonoridade semelhante, mas o significado das palavras se opõe uns aos outros. É a seguinte figura retórica que se encontra no trecho do sermão; como por exemplo, na palavra paço que significa um lugar de passagem e passos que é o movimento levando um pé adiante do outro, com o intuito de manter a atenção dos fiéis nos sermões.


(...) Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.

Anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. Encontra-se no trecho do sermão esta figura retórica, onde acontece a repetição várias vezes na frase, o intuito dele, Padre Antônio Vieira, ao utilizar a retórica era manter a fixação do sentido no trecho, mantendo o foco de seus fiéis.

(...) Entre os semeadores do evangelho, há uns que saem a semear há outros que semeiam sem sair.
Basicamente, paralelismo significa toda a forma de construção em que não se estabelece o certo e errado, apresenta-se as opções. Desta forma, o Padre apresenta em seus sermões exatamente esta ideia, e diz ainda que Deus está presente tanto com o cristão que evangeliza em casa, quanto com aquele que sai para pregar.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Acadêmicos: Juliana, Norberto, Carolina I.

PARALELISMO ANAFÓRICO
Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam
com pregar na Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a
semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Ah Dia do
Trocadilho
Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

O Padre Antônio Vieira usa em seu texto, Sermão da Sexagésima, os recursos citados por Jamil Almansur Haddad, pois ele está pregando para leigos que provavelmente possuem pouco conhecimento da religião católica.

Através de recursos oratórios como o trocadilho, o padre chama a atenção do fiel para seu discurso. Já com a anáfora, o padre reforça as ideias que quer pregar, mantendo as na cabeça dos ouvintes.

Com o uso do paralelismo o Padre Antônio Vieira tenta explicar de forma mais vulgar para os que lhe estão ouvindo os conceitos básicos da igreja católica. Para um índio, por exemplo, que entende o mundo pela unidade de deuses e divindade, a ideologia de que existe apenas um deus é estranha. Portanto, transformar a pluralidade em uma unidade é uma forma lógica de prosseguir com a retorica.

A carta Sermão da Sexagésima foi escrita em 1655, o texto mescla uma formação jesuítica com a estética barroca. Sua principal preocupação é o conteúdo, portanto, a discussão da arde de persuadir. Utilizando a metalinguagem o autor faz comparações, metáforas, no clássico estilo de pregar que Jesus utilizava.

Para que uma alma se converta é necessário que o Pregador apresente a doutrina, persuadindo, o ouvinte compreenda a mensagem, e que Deus permita a compreensão.

Antônio Vieira usa uma parábola do semeador que diz: Que quando a semente não vinga quando semeada, não é por causa da qualidade da semente, mas do ambiente: os espinhos e as pedras no solo. Os espinhos são os maus ouvintes as pedras aqueles que endurecem o coração. É necessário preparar a terra retirando os espinhos e as pedras. Diante do “semeador do céu” as pedras se amolecem para homenageá-lo e os espinhos viram coroa. Assim, o pregador descarta a possibilidade de culpa dos ouvintes e atribui toda culpa ao pregador, fugindo assim, de discursos vazios e hipócritas.

Outro recurso utilizado por Vieira é apresentação do texto bíblico original em latim. Dessa forma o padre está fortalecendo sua imagem de autoridade, e dando uma maior confiança para os fieis, que podem, após aprenderem um pouco de latim, verificarem a adaptação do padre, podendo concordar ou não com ele.


Alunos: Camila, Marcelo e Walter.

Anonymous said...

teste

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Aluna: Julia Gabriela Reinert.

Trocadilho: Pe. Antônio Vieira utiliza duas palavras com sonoridade semelhante, mas de sentidos diferentes, para expressar ideia de comparação, no trecho: “Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Ah Dia do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare.”, usando as palavras paço (pátio ao redor da igreja) e passo (movimento de caminhar), onde compara os pregadores que ficam em sua pátria, com os que saem para semear em outro lugar, enfatizando a importância de ambos.


Paralelismo: No trecho “Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras. E quando os pregadores evangélicos vão pregar ar a toda a criatura, que se armem contra eles todas as criaturas?! Grande desgraça!”, o autor utiliza a repetição simétrica de palavras, para impressionar o ouvinte/leitor a chamar a atenção para a comparação entre homens e outras criaturas.


Anáfora: O autor emprega em seu sermão a repetição da mesma palavra no início dos versos, para chamar a atenção e reforçar a sua ideia, como no trecho “Há-de tomar o pregador uma só matéria; há-de defini-la, para que se conheça; há-de dividi-la, para que se distinga; há-de prová-la com a Escritura; há-de declará-la com a razão; há-de confirmá-la com o exemplo; há-de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão-de seguir, com os inconvenientes que se devem evitar; há-de responder às dúvidas, há-de satisfazer às dificuldades; há-de impugnar e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há-de colher, há-de apertar, há-de concluir, há-de persuadir, há-de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto, é falar de mais alto.”, onde quer dizer que o pregador deve conhecer à fundo o assunto sobre o qual vai pregar, e pregar apenas um assunto, para que os fiéis o entendam completamente.


Aparatosa nomenclatura: No trecho “ou porque falta ou sobeja a chuva, ou porque falta ou sobeja o sol”, Pe. Antônio Vieira utiliza da palavra sobeja, que significa sobra, para impressionar o ouvinte.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

Aluna: Natali Pimentel

Vieira prega como se realizasse uma “semeadura de palavras”: semeia cinco circunstâncias (teses) e por meio da negação as recolhe (antíteses) Iguala, por meio de metáfora, o estilo da pregação as estrelas que são muito claras e distintas e nem por isso são menos, pelo contrário, ocupam posição elevada e são criadas por Deus
Extraindo do texto do sermão passagens que remetem a sua fonte original pode-se criar um paralelo, apresentando então, a intertextualidade, que se apresenta no diálogo tão recorrente entre o “Sermão da Sexagésima” e a “Bíblia Sagrada” Com a anáfora, o padre reforça as ideias que quer pregar, mantendo as na cabeça dos ouvintes. Com o uso do paralelismo o Padre tenta explicar de forma mais vulgar para os que lhe estão ouvindo os conceitos básicos da igreja católica.
Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque também das passadas colhe fruto. Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que são pregar à Índia, à China, ao Japão: os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta." (Paralelismo) - Vieira quis dizer neste trecho que todos os pregadores do mundo tem sua importância e todos os lugares necessitam de semeadores.Os semeadores são importantes em algum lugar, tanto os que semeiam e vão pra outro lugar, ou aqueles que ficam onde começaram a semear.
“Os ouvintes ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito. No Evangelho o temos. O trigo que caiu nos espinhos, nasceu, mas afogaram-no: Simul exortae spinae suffocaverunt illud. O trigo que caiu nas pedras, nasceu também, mas secou-se: Et natum aruit. O trigo que caiu na terra boa, nasceu e frutificou com grande multiplicação: Et natum fecit fructum centuplum. De maneira que o trigo que caiu na boa terra, nasceu e frutificou; o trigo que caiu na má terra, não frutificou, mas nasceu; porque a palavra de Deus é tão funda, que nos bons faz muito fruto e é tão eficaz que nos maus ainda que não faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos, não frutificou, mas nasceu até nos espinhos; lançada nas pedras, não frutificou, mas nasceu até nas pedras. Os piores ouvintes que
há na Igreja de Deus, são as pedras e os espinhos.” – Aqui é utilizado o paralelismo, pois há uma repetição de palavras para que o leitor se coloque na condição de cristão.

" Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbarase incultas, haviam de achar os homens denegrados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar os homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de acham homens pedras." (Anáfora) - Vieira aponta a importância de pregar para todos os seres e todas as criaturas.

“... Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus...”. Aqui, o Padre utiliza anáfora e compara o coração com diferentes coisas.
"Pregavam palavras de Deus, mas não pregavam a palavra de Deus." (Trocadilho) - Pe Antônio faz um trocadilho. Na verdade quis dizer que os pregadores pregavam coisas que estavam escritas na escritura, mas na realidade não pregavam a palavra de Deus.

Sônia Regina Biscaia Veiga said...

João Paulo
Zilda

Análise do Sermão da Sexagésima

A retórica da repetição ou anáfora: Vieira usa muitas repetições com o intuito de chamar a atenção para aquilo que é falado, como na parte em que usa “Hão-de” seguidamente para vários exemplos, mas com a mesma finalidade.

Metáfora: “Se o semeador semeara primeiro o trigo, e sobre o trigo semeara centeio, e sobre o centeio semeara milho grosso e miúdo, e sobre o milho semeara a cevada, que havia de nascer? Uma mata brava, uma confusão verde.” Nesse trecho, Vieira faz uma comparação da sementeira desordenada com a prática de um sermão desfocado, misturado, que acaba por confundir ou cansar os ouvintes. Vieira é de fato unificador.

Antítese: “As rédeas por que se governavam, era o ímpeto do espírito, como diz o mesmo texto; mas esse espírito tinha impulsos para os levar, não tinha regresso para os trazer, porque sair para tornar, melhor é não sair”. A função do uso da antítese no sermão é de evidenciar uma idéia por meio de comparação explicativa.

Anonymous said...

Vieira trabalha sua obra num texto ritmado, que tem como objetivo a crítica paralela entre o bom e o mau pregador da palavra divina. Isso pode ser percebido através das figuras de linguagem empregadas: a anáfora, o trocadilho, o paralelismo, cujo objetivo é apresentar mais de uma ideia ao mesmo tempo.
A utilização da anáfora, figura de linguagem utilizada de repetição sonora, é recorrida por razões estilísticas e para fixação e remodelagem da ideia proposta. É possível percebê-la em diversos momentos do sermão. Podemos citar a passagem “Para uma alma se converter por meio de um sermão, há-de haver três concursos: há-de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de concorrer Deus com a graça, alumiando.”
Já no início do sermão, encontra-se um trocadilho fonológico entre homófonos: “os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos”. Nota-se a intenção de Vieira ao utilizar o trocadilho para causar uma ambiguidade intencional.
O paralelismo permeia todo o sermão. Utilizando-se sempre de perguntas que são respondidas posteriormente, de parábolas e de argumentação, Vieira constrói sua idéia sempre focando em duas questões principais, que formam um paralelo de ideias: como um bom pregador deve agir e como os pregadores da Palavra têm agido.
A metáfora também está bastante presente no texto. Assim como a Bíblia já se utilizava dela em suas parábolas, Vieira segue o mesmo caminho. Dentre elas, temos: “o trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens”. Nessa citação, o autor explica as metáforas utilizadas pela Bíblia, que ele remonta em seu sermão.


ISABELLA MORIKAWA

Anonymous said...

Mariza Carolina e Jênifer

1° ano A110


“Uma parte do trigo caiu entre os espinhos, e afogaram-no os espinhos.” - Analogia.
Quando o Padre Antônio usa essa analogia, ele fala da sua pregação. Que palavras são como o trigo, se jogadas em terra boa frutificarão e se jogadas entre espinhos, serão sufocadas.
No caso, não adianta para o Padre, pregar, fazer o discurso de evangelização para as pessoas, se não fazer efeito.


“Se bem advertirdes, houve aqui trigo mirrado, trigo afogado, trigo comido e trigo pisado”. - anáfora
O Padre Antônio fala a respeito do trigo como palavras. Houve poucas palavras, houve palavras que foram esquecidas, usadas e palavras jogadas fora.
Padre Antônio Vieira utiliza também jogos de ideias geniais para logo associá-las ao seu objetivo religioso lido em: "Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos." E "Que coisa é a conversão de uma alma senão entrar um homem dentro de si mesmo, e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessária luz, e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora, suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador, e do ouvinte; por qual deles havemos de entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?”.

Virgiliana Galli said...

Aluna: Virgiliana Galli
1º ano Letras
Profª Taiza
Literatura Brasileira
Sermão da Sexagésima
Padre Antônio Vieira, expõe o seu sermão, utilizando-se de inúmeras figuras de linguagem, especificamente a metáfora, como a seguir:
• Vieira utiliza-se da metáfora, comparando a Semente com a palavra, e o Semeador ao pregador, objetivando uma reflexão emotiva á realidade, onde as atitudes são traduzidas como os passos e a qualidade da pregação com a medida da semeadura, avaliada por Deus e perante aos homens.
“saiu o pregador evangélico a semear” a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus.” “Não só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: porque no dia da messe hão- nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos.”

• Segue usando metáforas, hipérbole, sinestesia, eufemismo, prosopopéia, alegoria, antítese... no texto abaixo: esperança me dá esta sementeira; referindo-se ao resultado da pregação ainda que “tardia o tempo da colheita”, durante o processo da transmissão da palavra, de forma persuasiva,dinâmica e persistente no ensino, dividindo esse tempo de colheita,em primeira,segunda,terceira e quarta etapa, ao que se aplica a sua vida dedicada na evangelização, considerando a quarta etapa, como ultima de sua existência.A colheita dos frutos, referenciando-se a novidade de atitude,e de comportamento. Aos espinhos, caminhos e pedras, fazendo relação aos diferentes dificuldades que surgem ao longo da vida, e de sua própria, cujos problemas estão entrelaçados aos corações. As flores,o início da implantação da palavra enraizada nos corações que produzirão muitos frutos “resultados”que farão a diferença ao mundo.

“Oh que grandes esperanças me dá esta sementeira! (sinestesia) Oh que grande exemplo me dá este semeador! Dá-me grandes esperanças a sementeira porque, ainda que se perderam os primeiros trabalhos, lograr-se-ão os últimos. Dá-me grande exemplo o semeador, porque, depois de perder a primeira, a segunda e a terceira parte do trigo, aproveitou a quarta e última, e colheu dela muito fruto (alegoria). Já que se perderam as três partes da vida, já que uma parte da idade a levaram os espinhos, já que outra parte a levaram es pedras, já que outra parte a levaram os caminhos, e tantos caminhos, (alegoria/Prosopopéia) esta quarta e última parte, este último quartel da vida(eufemismo), porque se perderá também? Porque não dará fruto? Porque não terão também os anos o que tem o ano?( antítese)O ano tem tempo para as flores e tempo para os frutos. Porque não terá também o seu Outono a vida? As flores, umas caem, outras secam, outras murcham, outras leva o vento; aquelas poucas que se pegam ao tronco e se convertem em fruto, só essas são as venturosas, só essas são as que aproveitam,(alegoria/metáfora) só essas são as que sustentam o Mundo(hipérbole).”


Essas e outras figuras de linguagens, trocadilhos e alegorias, seguem no decorrer de todo o sermão, enriquecendo o sentido das palavras e o ornamento do discurso.
Virgiliana Galli

Anonymous said...

Leitura do Sermão da Sexagésima
Nome: Bruno Pacheco Ferreira
Curso: Letras 1º ano

Anáfora:
«Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho.

Padre Vieira usa a anáfora para dar ênfase especial a determinados tópicos, como fica evidente neste trecho.

Trocadilho:
Tudo o que aqui padeceu o trigo, padeceram lá os semeadores. Se bem advertirdes, houve aqui trigo mirrado, trigo afogado, trigo comido e trigo pisado.

Vieira utiliza trocadilhos como forma de construir metáforas. Aqui ele faz metáforas com a palavra de Deus (o trigo) e com os pregadores dessa palavra (semeadores).

Paralelismo:
Se bem advertirdes, houve aqui trigo mirrado, trigo afogado, trigo comido e trigo pisado. Trigo mirrado: Natum aruit, quia non habebat humorem; trigo afogado: Exortae spinae suffocaverunt illud; trigo comido: Volucres caeli comederunt illud; trigo pisado: Conculcutum est.

Vieira faz uso do paralelismo para expressar ideias com palavras de estrutura morfológica semelhante, como neste trecho em que fala do trigo (palavra de Deus) e seus diferentes destinos ao serem espalhados em lugares inapropriados.

Sentidos retrabalhados:
Vieira gosta de reformular várias vezes suas ideias de modo a criar diferentes pontos de vista, como pode ser visto nas várias vezes em que retrabalha sua metáfora de semeadores e sementes de trigo, ou quando reformula seus pensamentos referentes aos corações dos homens.

Anonymous said...

Anáfora:
As flores, umas caem, outras secam, outras murcham, outras leva o vento; aquelas poucas que se pegam ao tronco e se convertem em fruto, só essas são as venturosas, só essas são as que aproveitam, só essas são as que sustentam o Mundo. Será bem que o Mundo morra à fome? Será bem que os últimos dias se passem em flores? – Não será bem, nem Deus quer que seja, nem há-de ser.

Trocadilho:
Por isso Cristo no Evangelho não o comparou ao semeador, senão ao que semeia. Reparai. Não diz Cristo: saiu a semear o semeador, senão, saiu a semear o que semeia: Ecce exiit, qui seminat, seminare. Entre o semeador e o que semeia há muita diferença. Uma coisa é o soldado e outra coisa o que peleja; uma coisa é o governador e outra o que governa.
Da mesma maneira, uma coisa é o semeador e outra o que semeia; uma coisa é o pregador e outra o que prega.

Paralelismo:
Mandou ao Mundo seu Filho feito homem. Notai. O Filho de Deus,
enquanto Deus, é palavra de Deus, não é obra de Deus: Genitum, non factum. O Filho de Deus, enquanto Deus e Homem, é palavra de Deus e obra de Deus juntamente: Verbum caro factum est. De maneira que até de sua palavra desacompanhada de obras não fiou Deus a conversão dos homens. Na união da palavra de Deus com a maior obra de Deus consistiu a eficácia da salvação do Mundo...

Vanessa Symbalista e Evelin Thaiara Stenghen

Anonymous said...

Anáfora:
As flores, umas caem, outras secam, outras murcham, outras leva o vento; aquelas poucas que se pegam ao tronco e se convertem em fruto, só essas são as venturosas, só essas são as que aproveitam, só essas são as que sustentam o Mundo. Será bem que o Mundo morra à fome? Será bem que os últimos dias se passem em flores? – Não será bem, nem Deus quer que seja, nem há-de ser.

Trocadilho:
Por isso Cristo no Evangelho não o comparou ao semeador, senão ao que semeia. Reparai. Não diz Cristo: saiu a semear o semeador, senão, saiu a semear o que semeia: Ecce exiit, qui seminat, seminare. Entre o semeador e o que semeia há muita diferença. Uma coisa é o soldado e outra coisa o que peleja; uma coisa é o governador e outra o que governa.
Da mesma maneira, uma coisa é o semeador e outra o que semeia; uma coisa é o pregador e outra o que prega.

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