Wednesday, October 13, 2010

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias Despedidas, de  Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere  Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

29 comments:

Ana Paula e Eduarda said...

Alunas: Ana Paula Kinas Tavares
Eduarda Corrêa

Resposta: Observamos no poema "Se se morre de amor", de Gonçalves Dias, a paixão e o amor vivos, vividos, a amada sendo retratada ("Simpáticas feições, cintura breve, / Graciosa postura, porte airoso, / Uma fita, uma flor entre os cabelos") e o sentimento a ela se ampliando a algo imensurável, infinito. Não se trata apenas da paixão ultra romântica, para ele "amor é vida", ainda que transborde numa paixão carnal ("Entendem-se, confundem-se e penetram / Juntas – em puro céu d’êxtasis puros").
Já com o ultra romântico Alvarez de Azevedo, no poema "Despedidas", encontramos o desespero do apaixonado que não tem a amada ("Sem ti o mundo é um deserto escuro / E tu és minha vida"), nem crê que a ela possa ter em vida ("Mas se o fado me afasta da ventura, / Levo no coração a tua imagem"). Ele não a retrata, pois ela é um ser idealizado e inalcançável. Qualquer contato, comparável a paixão carnal de Gonçalves Dias, consiste em mera imaginação, devaneios do eu lírico febril de amor ("Sonhei muito! sonhei noites ardentes / Tua boca beijar... eu o primeiro!").
A morte acontece em "Se se morre de amor" como ruptura no romance, como separação dos corpos, que em alma continuam unidos ("Dois corações porem, que juntos batem, / Que juntos vivem, — se os separam, morrem"). Aquele que continua vivendo deixa de viver, pois sem a amada a vida já não tem sentido, ele a inveja, pela plenitude da morte ("Esse, que à dor tamanha não sucumbe, / Inveja a quem na sepultura encontra / Dos males seus o desejado termo!").
Enquanto em "Despedidas" a morte é a realização deste amor, dos desejos que envolvem o apaixonado e sua musa ("Em teus braços minh’alma unir à tua / E em teu seio morrer!"). Parece a busca do eu lírico para sua existência ter sentido ("Só contigo eu podia ser ditoso, / Em teus olhos sentir os lábios meus!").

Anonymous said...

Maikon Alexandre Bittencourt.

Alvarez de Azevedo vê o amor de modo platônico, o qual ele não pode alcançar durante a vida e nem mesmo estando perto da morte ”Sonhei muito! Sonhei noites ardentes... A ventura negou-me... mesmo até o beijo derradeiro”. Ele coloca a morte como o fim, que mesmo não falando a palavra morte se pode entender que ela está presente no poema em partes como “adeus, meu anjo, adeus”, se despedindo de sua amada para sempre e se lamentando por não ter tido a oportunidade de estar perto dela ou de ter recebido seu “beijo derradeiro”
Já Gonçalves Dias fala das duas visões de amor que se tinham na época e que até hoje nós podemos ver, aquela coisa banal, a paixão, a fascinação que se tem em certo momento e que passa com o tempo “... Quando é fascinação que nos surpreende...”, e o amor verdadeiro pelo qual o indivíduo entregaria qualquer coisa pelo outro “Amor é vida;... Ao grande, ao belo, é ser capaz dos extremos”, ele trata a morte como sendo um estado de espírito um estado em que a pessoa não tem mais esperanças não pode mais “brilhar” realmente morto.
Álvares Azevedo se mostra exagerado, depressivo como se estivesse falando de si e se identificando totalmente com o seu poema, quando Gonçalves Dias faz uma analise do que provavelmente as pessoas diziam na época deles, que estariam “morrendo de amor” sem se colocar dentro dela sem mostrar que aquele poema estivesse influenciando ele naquele momento.

Anonymous said...

Alunas: Sara Maria e Martha Maria

No poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, ele lida com a morte e o amor de maneira mais real, porque ele vivenciou o amor, então para ele o amor tem traços visíveis de realidade, ele sentiu o verdadeiro amor. A mulher é descrita de maneira palpável, perceptível. Como no exemplo :
"...Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebatar-nos"
Gonçalves Dias demonstra que para ele o amor morre junto com a morte, ou seja, se morre de amor. Descreve a paixão e descreve o amor, sendo que apenas de amor se morre e paixão é simplesmente um delírio em devaneio. Neste poema o autor é cauteloso em suas palavras, sem grandes exageros, porém com subjetivismo, retratando o amor de forma moderada.
" ...Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade..."
"...Isso é amor, e desse amor se morre!"
No poema Despedidas de Alvarez de Azevedo, o amor é visto como além da morte, ele supera a alma, permanece com ele mesmo em outra vida. Retrata momentos em que o amor pode ser sentido através de sonhos, como se depois da morte os amados pudessem se comunicar...
"..Mas se o fado me afasta da ventura,
Levo no coração a tua imagem...
De noite mandarei-te os meus suspiros
No murmúrio da aragem!"
Neste poema (Despedidas), ele não possui ela e sonha com o desejo de tê-la, retrata o amor de maneira irreal, fala do sentimento o tempo todo de forma dolorosa, em forma de despedida.
" Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida..."
" ... Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!"
Alvarez de Azevedo não viveu o amor, então ele almejava este sentimento, descrevia ele de forma como nunca pudesse tê-lo, como se estivesse esperando a chegada do amor e antes mesmo de espera-lá ele imaginava o quão triste a perda desse amor seria. Isso fica bem claro no poema Despedidas, onde ele sugere que a morte irá afastá-lo do amor que não teve. O poema não cita a morte, mas cita a despedida encarada como a morte.
No caso do poema Se se morre de amor, de Gonçalves Dias, a morte é vista de maneira real, onde o amor se despede junto com ela.Como o autor vivenciou o amor, suas descrições no poema são mais reais, como já citamos anteriormente. O amor é diferenciado de paixão de maneira concreta, um é apenas ilusão e o outro é mais significativo.

Anonymous said...

AVALIAÇÃO DE LITERATURA BRASILEIRA I
ACADÊMICAS: CAMILA, MARCELE E NAIARA BARBOSA


No poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz comparações de seu amor com a natureza, devido à sua característica indianista.

E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;



Pode o raio num píncaro caindo,
Torna-lo dois, e o mar correr entre ambos;
Pode rachar o tronco levantado


Já o poema Despedidas de Alvarez de Azevedo, demonstra o egocentrismo do autor em relação ao amor, demonstra características do ultra romantismo como o amor idealizado, o sofrimento, a subjetividade e a morte.

Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!


Em relação ao tema amor e morte contido nos dois poemas, pudemos analisar que no poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz a distinção do amor que se morre e daquele que não se morre. O amor que não se morre, é aquele amor idealizado, egoísta, feito de desejos momentâneos, de embelezamento, de prazer, de fascinação, etc.

Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!

O amor que se morre, segundo Gonçalves é aquele amor, que tem cumplicidade, companheirismo, é aberto ao companheiro e seu universo; é descobrir os prazeres e desventuras do amor sem ser egoísta.

Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!


No poema Despedidas de Azevedo o amor em que se morre, é aquele que Gonçalves Dias considera como egoísta, a fascinação.

Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...


Mas antes de partir, antes que a vida,
Se afogue numa lágrima de dor,
Consente que em teus lábios num só beijo
Eu suspire de amor!


Isso posto, podemos perceber a diferença existente nos poemas de Gonçalves e de Azevedo, onde em Se se morre de amor Gonçalves não sente-se atraído pela fuga do real. Seu poema não é melancólico e depressivo, como acontece com o poema Despedidas de Azevedo, que é melancólico, egoísta, sentimental, foge da realidade, sua busca pelo amor da mulher idealizada.

Anonymous said...

AVALIAÇÃO DE LITERATURA BRASILEIRA I
ACADÊMICAS: CAMILA, MARCELE E NAIARA BARBOSA


No poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz comparações de seu amor com a natureza, devido à sua característica indianista.

E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;



Pode o raio num píncaro caindo,
Torna-lo dois, e o mar correr entre ambos;
Pode rachar o tronco levantado


Já o poema Despedidas de Alvarez de Azevedo, demonstra o egocentrismo do autor em relação ao amor, demonstra características do ultra romantismo como o amor idealizado, o sofrimento, a subjetividade e a morte.

Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!


Em relação ao tema amor e morte contido nos dois poemas, pudemos analisar que no poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz a distinção do amor que se morre e daquele que não se morre. O amor que não se morre, é aquele amor idealizado, egoísta, feito de desejos momentâneos, de embelezamento, de prazer, de fascinação, etc.

Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!

O amor que se morre, segundo Gonçalves é aquele amor, que tem cumplicidade, companheirismo, é aberto ao companheiro e seu universo; é descobrir os prazeres e desventuras do amor sem ser egoísta.

Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!


No poema Despedidas de Azevedo o amor em que se morre, é aquele que Gonçalves Dias considera como egoísta, a fascinação.

Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...


Mas antes de partir, antes que a vida,
Se afogue numa lágrima de dor,
Consente que em teus lábios num só beijo
Eu suspire de amor!


Isso posto, podemos perceber a diferença existente nos poemas de Gonçalves e de Azevedo, onde em Se se morre de amor Gonçalves não sente-se atraído pela fuga do real. Seu poema não é melancólico e depressivo, como acontece com o poema Despedidas de Azevedo, que é melancólico, egoísta, sentimental, foge da realidade, sua busca pelo amor da mulher idealizada.

Anonymous said...

AVALIAÇÃO DE LITERATURA BRASILEIRA I
ACADÊMICAS: CAMILA, MARCELE E NAIARA BARBOSA


No poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz comparações de seu amor com a natureza, devido à sua característica indianista.

E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;



Pode o raio num píncaro caindo,
Torna-lo dois, e o mar correr entre ambos;
Pode rachar o tronco levantado


Já o poema Despedidas de Alvarez de Azevedo, demonstra o egocentrismo do autor em relação ao amor, demonstra características do ultra romantismo como o amor idealizado, o sofrimento, a subjetividade e a morte.

Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!


Em relação ao tema amor e morte contido nos dois poemas, pudemos analisar que no poema Se se morre de amor de Gonçalves Dias, o autor faz a distinção do amor que se morre e daquele que não se morre. O amor que não se morre, é aquele amor idealizado, egoísta, feito de desejos momentâneos, de embelezamento, de prazer, de fascinação, etc.

Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!

O amor que se morre, segundo Gonçalves é aquele amor, que tem cumplicidade, companheirismo, é aberto ao companheiro e seu universo; é descobrir os prazeres e desventuras do amor sem ser egoísta.

Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!


No poema Despedidas de Azevedo o amor em que se morre, é aquele que Gonçalves Dias considera como egoísta, a fascinação.

Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...


Mas antes de partir, antes que a vida,
Se afogue numa lágrima de dor,
Consente que em teus lábios num só beijo
Eu suspire de amor!


Isso posto, podemos perceber a diferença existente nos poemas de Gonçalves e de Azevedo, onde em Se se morre de amor Gonçalves não sente-se atraído pela fuga do real. Seu poema não é melancólico e depressivo, como acontece com o poema Despedidas de Azevedo, que é melancólico, egoísta, sentimental, foge da realidade, sua busca pelo amor da mulher idealizada.

Daniela e Emanoele said...

Alunas: Daniela F. Goulart e Emanoele Matias


No poema “Despedidas” Álvares de Azevedo idealiza o amor e a morte, mostrando a mulher amada que está prestes a morrer:
“Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...”

“Quando a noite vier saudosa e pura,
Contempla a estrela do pastor nos céus,
Quando a ela eu volver o olhar em pranto...
Verei os olhos teus!”

O eu lírico anseia por morrer com ela e mostra um sentimento adiantado de saudade:

“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!


Já Gonçalves Dias, em seu poema “Se se morre de amor”, mostra uma visão mais realista e menos romântica que Álvares de Azevedo. Gonçalves Dias faz um paralelo entre dois tipos de amor: a paixão (sentimento rápido e arrebatador) e o próprio amor romântico (puro e profundo). Para o eu lírico deste poema, não se morre de paixão, mas de amor apenas:

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n1alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!”

Mostra, ainda, inveja do que pode morrer de amor:
“Esse, que sobrevive a própria ruína,
Ao seu viver do coração, — às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futuras venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”

Apesar de ambos autores serem românticos, é possível perceber várias divergências em suas idéias e formas de expressão.

Daniela e Emanoele said...

Alunas: Daniela F. Goulart e Emanoele Matias


No poema “Despedidas” Álvares de Azevedo idealiza o amor e a morte, mostrando a mulher amada que está prestes a morrer:
“Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...”

“Quando a noite vier saudosa e pura,
Contempla a estrela do pastor nos céus,
Quando a ela eu volver o olhar em pranto...
Verei os olhos teus!”

O eu lírico anseia por morrer com ela e mostra um sentimento adiantado de saudade:

“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!


Já Gonçalves Dias, em seu poema “Se se morre de amor”, mostra uma visão mais realista e menos romântica que Álvares de Azevedo. Gonçalves Dias faz um paralelo entre dois tipos de amor: a paixão (sentimento rápido e arrebatador) e o próprio amor romântico (puro e profundo). Para o eu lírico deste poema, não se morre de paixão, mas de amor apenas:

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n1alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!”

Mostra, ainda, inveja do que pode morrer de amor:
“Esse, que sobrevive a própria ruína,
Ao seu viver do coração, — às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futuras venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”

Apesar de ambos autores serem românticos, é possível perceber várias divergências em suas idéias e formas de expressão.

Daniela e Emanoele said...

Alunas: Daniela F. Goulart e Emanoele Matias


No poema “Despedidas” Álvares de Azevedo idealiza o amor e a morte, mostrando a mulher amada que está prestes a morrer:
“Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...”

“Quando a noite vier saudosa e pura,
Contempla a estrela do pastor nos céus,
Quando a ela eu volver o olhar em pranto...
Verei os olhos teus!”

O eu lírico anseia por morrer com ela e mostra um sentimento adiantado de saudade:

“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!


Já Gonçalves Dias, em seu poema “Se se morre de amor”, mostra uma visão mais realista e menos romântica que Álvares de Azevedo. Gonçalves Dias faz um paralelo entre dois tipos de amor: a paixão (sentimento rápido e arrebatador) e o próprio amor romântico (puro e profundo). Para o eu lírico deste poema, não se morre de paixão, mas de amor apenas:

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Assomos de prazer nos raiam n1alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ave, flores, murmúrios solitários;
buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar se custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!”

Mostra, ainda, inveja do que pode morrer de amor:
“Esse, que sobrevive a própria ruína,
Ao seu viver do coração, — às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futuras venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”

Apesar de ambos autores serem românticos, é possível perceber várias divergências em suas idéias e formas de expressão.

Anonymous said...

Alunos: Maira Daniella
Alcione Amaral Junior

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos
Gonçalves dias deixa clara sua idéia da diferença entre amor e paixão, na segunda parte do poema, quando descreve a paixão:
“ Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio...”
E complementa dizendo que quando se ama se sofre a perda da pessoa amada, ao contrário de alguém apaixonado, que vive uma ilusão que termina justamente quando do momento da morte:
“...Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
Damor igual ninguém sucumbe à perda”
Gonçalves dias descreve o amor de forma mais racional e otimista, vê na natureza e na vida o lugar perfeito para se amar, enquanto Alvarez de Azevedo parece perdido em meio à sua idéia fixa de encontrar o amor somente na morte:
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,

Se se morre de amor? Gonçalves Dias descreve o que chamamos de almas gêmeas, as quais amam sem saber explicar, sentem um ao outro sem se ver e sintetiza a resposta nesta estrofe:
Amar, e não saber, não ter coragem
Para dizer que amor que em nós sentimos;
Temer qu’olhos profanos nos devassem
O templo, onde a melhor poção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis, d’ilusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora
Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Ama-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afoga-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
O poema compreende duas idéias em respeito a experiências distintas, na qual uma se apresenta como uma loucura, que é a paixão; a outra, um sentimento que fascina e transforma: o amor.

Anonymous said...

Alunos: Maira Daniella
Alcione Amaral Junior

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos
Gonçalves dias deixa clara sua idéia da diferença entre amor e paixão, na segunda parte do poema, quando descreve a paixão:
“ Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio...”
E complementa dizendo que quando se ama se sofre a perda da pessoa amada, ao contrário de alguém apaixonado, que vive uma ilusão que termina justamente quando do momento da morte:
“...Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
Damor igual ninguém sucumbe à perda”
Gonçalves dias descreve o amor de forma mais racional e otimista, vê na natureza e na vida o lugar perfeito para se amar, enquanto Alvarez de Azevedo parece perdido em meio à sua idéia fixa de encontrar o amor somente na morte:
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, te capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,

Se se morre de amor? Gonçalves Dias descreve o que chamamos de almas gêmeas, as quais amam sem saber explicar, sentem um ao outro sem se ver e sintetiza a resposta nesta estrofe:
Amar, e não saber, não ter coragem
Para dizer que amor que em nós sentimos;
Temer qu’olhos profanos nos devassem
O templo, onde a melhor poção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis, d’ilusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora
Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Ama-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afoga-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
O poema compreende duas idéias em respeito a experiências distintas, na qual uma se apresenta como uma loucura, que é a paixão; a outra, um sentimento que fascina e transforma: o amor.

Anonymous said...

Alunos: Maira Daniella / Alcione Junior - parte II

Alvarez de Azevedo na poesia Despedidas, trata do sentimento do amor com a amada com todo um romantismo intenso que faz o leitor acreditar que aquilo foi realmente vivido pelo autor e com a mesma intensidade que trata. Um escritor que morreu muito jovem aos 20 anos, e que carrega a intensidade do amor em seus versos. Talvez o escritor tratava de um amor platônico, ao despedir-se da amada nos últimos versos: “Eu morro de ciúme e de saudade...Adeus, meu anjo, adeus!”. O tema amor nessa poesia é contrastado pela despedida, o alto e o baixo do amor, o céu e o inferno, o delírio de amar e morrer. O sentimentalismo em sua poesia é forte para expressar a dor de amar e possívelmente abandonar esse amor com uma despedida ou mais exatamente um adeus. A morte, o lamento pela morte transbordam em seus versos queixosos, trata de amor e de morte e a frustração; o pessimismo; a angústia; a solidão e a atração pela morte, e mostra um sentimento de quem sofre por saudades demonstrado por uma melancolia em seus versos. O escritor utilizou de versos trágicos em: “Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...Sinto o peito doer na despedida...”, demonstrando o “aperto “ que faz doer a separação do objeto de apreciação ou seja o amor que sentia pela amada. A intensidade do sentimento do amor e da dor que pode ser comparada a morte ou morrer para aquilo que mais compraz o apaixonado pode ser observada nesse verso: “Mas antes de partir, antes que a vida, Se afogue numa lágrima de dor, Consente que em teus lábios num só beijo, Eu suspire de amor!”. Não seria possível para o poeta amar mais uma vez, como por exemplo nos últimos versos: Só contigo eu podia ser ditoso, Em teus olhos sentir os lábios meus! Gonçalves Dias utiliza uma linguagem mais racional, trata do amor com mais polidez e menos intensidade e subjetividade em relação a Alvarez de Azevedo.

Anonymous said...

GUILHERME, NAYARA e TABITA

Resposta:
ALVAREZ DE AZEVEDO é ultra romântico, pensa que o amor puro só se é obtido na morte. O estado mais próximo que se pode chegar desse amor puro em vida é no sonho, e isso deixa o escritor em um estado de devaneio, de idealização para com sua amada.
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,
Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Por outro lado, Gonçalves Dias, poeta romântico “moderado” pensa que o amor puro é sim conseguido em vida. É um estado pleno, onde se completam:
“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos”,


Álvarez encarna um lado melancólico, devido a sua triste história de vida. Tal melancolismo é notável em versos como:
Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...

O ultra romântico percebe o amor como abstrato, tornando-o platônico, possível puramente apenas num sonho ou na morte, pois apenas tem uma idealização, uma ilusão da mulher e do amor sentido por ela. Idealiza suas qualidades tornando-a algo perfeito e não dá-se ao trabalho de conhecer a pessoa e desfazer essa ilusão, essa idealização, tornando um amor platônico, existente e possível em vida, nos sonhos, ou na morte. Azevedo, nosso ultra romântico, amava as mulheres pelo fato de sentir o algo impossível do amor, uma característica do Ultra Romantismo, o sonhar em ter, e quando ‘conquistar’ não querê-lo mais. Mas Alvarez de Azevedo nunca amou alguém de verdade.
“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”


Já Gonçalvez Dias, amou e sofreu por amor. Por isso a visão deste sentimento por ele é menos abstrata e mais concreta, pois acredita que o amor é alcançado e vivido e por tanto amor, se morre deste. Dias, como um romântico ‘moderado’, entende o amor de uma forma mais real e menos drástica. Sobre a morte; enquanto para Azevedo o amor é encontrado na morte, para Dias o amor termina na morte, onde:
“E dois cimos depois verem-se erguidos,
Sinais mostrando da aliança antiga;
Dois corações porem, que juntos batem,
Que juntos vivem, — se os separam, morrem;
Ou se entre o próprio estrago inda vegetam,
Ânsias cruas resumem do proscrito,
Que busca achar no berço a sepultura!”

Para Alvarez:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

“Quando a noite vier saudosa e pura,
Contempla a estrela do pastor nos céus,
Quando a ela eu volver o olhar em pranto...
Verei os olhos teus!”

Anonymous said...

Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
Avaliação - Literatura Brasileira I
Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

Anonymous said...

Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
Avaliação - Literatura Brasileira I
Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

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Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
Avaliação - Literatura Brasileira I
Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

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Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Estudantes: Jéssica Moura, Samara Amaral

Disciplina: Literatura Brasileira

Curso: Letras

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema: amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justificando com versos.

No poema “Se se morre de amor”, de Gonçalves Dias, é possível notar a forma sublime, suave e principalmente, idealista do olhar do poeta sobre o amor. Nota-se nos primeiros versos, a distinção que ele faz entre dois sentimentos que são frequentemente confundidos: o amor e a paixão.

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos”

Fica nítido que para o poeta o verdadeiro amor acontece e é vida, porém segundo o mesmo, quando este amor é interrompido por quaisquer motivos, a morte chega, pois para ele é impossível um amante viver só. Esta visão nos mostra o sentimentalismo típico dos romancistas, sentimentalismo notório durante todas as linhas do poema.
Já no poema “Despedidas”, de Alvarez de Azevedo, pode-se perceber diferenças com o primeiro poema já nas primeiras linhas, pois sente-se um clima de perda e saudade.

“Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Durante o poema, Alvarez de Azevedo se utiliza de verbos empregados no futuro e no modo subjuntivo dando parecer de ações não completas ou que poderão acontecer (podia, verei, partir, sonhei).
O poeta, através de símbolos, nos faz entender que sua amada está morta.

“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”

É possível perceber que para ele o amor só pode ser completo na morte, como se morte e amor se completassem.

“Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Assim, vemos a diferença entre o olhar dos dois poetas: um vê o amor como fonte de vida, enquanto o outro só o considera completo na morte.

Anonymous said...

Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
Avaliação - Literatura Brasileira I
Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

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Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
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Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

Anonymous said...

Alunas: Gabriela Fagundes Padilha
Julia Caroline Cardoso
Avaliação - Literatura Brasileira I
Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema : amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justicando com versos.

O poema Despedidas de Álvarez de Azevedo, trata da perda de sua amada, no qual ele a trata como um anjo, pois ela está morta,ele demonstra isso no trecho a seguir:
“Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,”

Ele relata que gostaria de ter vivido antes de tê-la perdido, principalmente do desejo de tê-la beijado.
Ele parece acreditar que só na morte ele poderá alcançá-la, e está disposto a esperá-la na eternidade, pois, a vida dele é ela, mesmo ela não estando mais viva, é um amor que ultrapassa a vida e a morte, e entende que a morte é a ponte para a manifestação do amor dos dois, isto fica claro na estrofe a seguir:
“Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Já no poema “Se se morre de amor” de Gonçalves Dias, o autor possui visão idealista do amor, e o amor neste caso é tido como fonte de vida, já que para ele o verdadeiro amor pode-se morrer, chegando até mesmo a sentir inveja que encontra-se morto, e a causa da morte foi ter vivido um grande amor;
“Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!”.
Ele faz também uma comparação definindo o que é o amor e o que é apenas paixão, isto é visível nas estrofes seguintes:
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Deste modo percebe-se que para Alvarez de Azevedo o amor só acontece na morte ou em um plano abstrato, e que apenas morrendo poderá finalmente encontrar-se com sua amada. Já Gonçalves Dias acredita no verdadeiro amor e diz que deste pode-se morrer, e vê isto como algo belo e invejável.

Evandro Gruber; Aline Strey said...

Evandro Gruber; Aline Strey.

Em Se se morrer de amor de Gonçalves Dias fica nítida a identificação de amor com a própria existência ”Amor é vida”
Esse amor é contraditório, provoca e expressa através de antítese ”virtudes/crimes”,
“festa/pranto”. Há dois tipos de amores nesse poema. Paixão e o amor. “A morte para o poeta é o fim.
Segundo o poema o amor permite compreender o infinito, a natureza, deus. Esse amor é capaz de despertar o gosto pela natureza. ”Uma fita, uma flor em teus cabelos”
Os versos desse poema não são rimados, isso nos dá idéia da liberdade que o romantismo de Gonçalves Dias desenvolve apesar de todo lirismo amoroso.
Parece haver na segunda estrofe indicações que o sentimento pode ser passageiro, quando no verso 14 ele então esvaece, acompanhado dos substantivos delírio, devaneio e ilusão.Também na ultima estrofe nos passa essa idéia de que sobrevive-se ao amor.”Esse, que sobrevive apropria ruína,...Esse que à dor tamanha não sucumbe.”
Álvares de Azevedo, em Despedidas, já é em contrapartida a morte escrita, encarnada, vivida e louvada. Não é o fim como Gonçalves, mas a solução talvez para o mal. O Amor é muito mais, e em cada poema é louvado de moda “ultra” forte, intenso, irreal nos dias de hoje. É centrada no ser, é abstracionista. Sempre supõe a morte próxima e esta é intensa e cheia de simbolismo. O Amor segundo Álvares é nitidamente idealizado. A morte sempre é pesada com o que ela acarretaria, porém é vista muito mais como consolo. Porque isso consolaria toda uma vida de dores.
A intensidade:
No Mal-do-século é a forma do exagero, desse amor doentio, louco, com a morte ao encalço, sempre lá no fim do túnel, vai pender sempre para dar a solução para uma vida que parece ser impossível de conceber um amor tão grande assim.
“Se afogue numa lágrima de dor”
“Só contigo eu podia ser ditoso”
A morte como solução:
”Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”
Por que ele vê como um final glorioso, antes um fim assim, a uma vida que o afogue, até afogar-se então de plena dor de amor!
Simbolismo:
“Sonhei muito! Sonhei noites ardentes
Tua boca beijar... eu o primeiro!”
Percebe-se essa carga erótica como derivada de um amor não consumado. Ele quer ser o primeiro!Nesse momento esse amor parece mais visual. Nos sonhos sempre é alcançado a imagem ansiada; A distância parece mínima nesse instante.

Anonymous said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Estudantes: Jéssica Moura, Samara Amaral

Disciplina: Literatura Brasileira

Curso: Letras

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema: amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justificando com versos.

No poema “Se se morre de amor”, de Gonçalves Dias, é possível notar a forma sublime, suave e principalmente, idealista do olhar do poeta sobre o amor. Nota-se nos primeiros versos, a distinção que ele faz entre dois sentimentos que são frequentemente confundidos: o amor e a paixão.

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos”

Fica nítido que para o poeta o verdadeiro amor acontece e é vida, porém segundo o mesmo, quando este amor é interrompido por quaisquer motivos, a morte chega, pois para ele é impossível um amante viver só. Esta visão nos mostra o sentimentalismo típico dos romancistas, sentimentalismo notório durante todas as linhas do poema.
Já no poema “Despedidas”, de Alvarez de Azevedo, pode-se perceber diferenças com o primeiro poema já nas primeiras linhas, pois sente-se um clima de perda e saudade.

“Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Durante o poema, Alvarez de Azevedo se utiliza de verbos empregados no futuro e no modo subjuntivo dando parecer de ações não completas ou que poderão acontecer (podia, verei, partir, sonhei).
O poeta, através de símbolos, nos faz entender que sua amada está morta.


“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”

É possível perceber que para ele o amor só pode ser completo na morte, como se morte e amor se completassem.


“Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Assim, vemos a diferença entre o olhar dos dois poetas: um vê o amor como fonte de vida, enquanto o outro só o considera completo na morte.

Anonymous said...

Caroline
Marilcha
Marcia

No poema de Álvares de azevedo percebe-se que a musa não é real, apenas habita em seus sonhos, percebemos isso na primeira estrofe, principlamente quando ele a chama de anjo, e quando a descreve usa termos como "joelhos pálidos" que não tem consistência:
"Se entrares, ó meu anjo, alguma vez
Na solidão onde eu sonhava em ti,
Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!" (Álvares de Azevedo)

Já no poema de Gonçalves Dias, Se se morre de amor, ele descreve claramente a sua musa, dando uma real idéia da possível existência desta musa.
"Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Este poeta também dá ao amor o sentido da vida, porém não se morre por ele.
Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Já em Álvarez de Azevedo, percebe-se claramente que o amor está sempre ligado a morte.
"Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida..."
Nesta estrofe ele diz que morrerá e está triste em partir, e que o mundo sem ela é um "deserto escuro".
"Só por teus olhos eu viver podia
E por teu coração amar e crer...
Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!"
Contudo nesta estrofe, se ele pudesse viver seria somente por ela, e mesmo unindo-se a ela ele ainda termina mencionando a morte.


Outra característica marcante de Gonçalves Dias, é que mesmo sem este amor ser correspondido (amor platônico), sendo ele verdadeiro pode-se sim morrer, não por conta dele, mas com ele.
Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu’olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis d’lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!

Diferentemente de Gonçalves Dias, o poeta Álvarez de Azevedo vê na morte a sua única possibilidade, até porque sua musa é idealizada por ele.

Anonymous said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Estudantes: Jéssica Moura, Samara Amaral

Disciplina: Literatura Brasileira

Curso: Letras

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema: amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justificando com versos.

No poema “Se se morre de amor”, de Gonçalves Dias, é possível notar a forma sublime, suave e principalmente, idealista do olhar do poeta sobre o amor. Nota-se nos primeiros versos, a distinção que ele faz entre dois sentimentos que são frequentemente confundidos: o amor e a paixão.

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos”

Fica nítido que para o poeta o verdadeiro amor acontece e é vida, porém segundo o mesmo, quando este amor é interrompido por quaisquer motivos, a morte chega, pois para ele é impossível um amante viver só. Esta visão nos mostra o sentimentalismo típico dos romancistas, sentimentalismo notório durante todas as linhas do poema.
Já no poema “Despedidas”, de Alvarez de Azevedo, pode-se perceber diferenças com o primeiro poema já nas primeiras linhas, pois sente-se um clima de perda e saudade.

“Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Durante o poema, Alvarez de Azevedo se utiliza de verbos empregados no futuro e no modo subjuntivo dando parecer de ações não completas ou que poderão acontecer (podia, verei, partir, sonhei).
O poeta, através de símbolos, nos faz entender que sua amada está morta.


“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”

É possível perceber que para ele o amor só pode ser completo na morte, como se morte e amor se completassem.


“Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Assim, vemos a diferença entre o olhar dos dois poetas: um vê o amor como fonte de vida, enquanto o outro só o considera completo na morte.

Anonymous said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Estudantes: Jéssica Moura, Samara Amaral

Disciplina: Literatura Brasileira

Curso: Letras

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema: amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justificando com versos.

No poema “Se se morre de amor”, de Gonçalves Dias, é possível notar a forma sublime, suave e principalmente, idealista do olhar do poeta sobre o amor. Nota-se nos primeiros versos, a distinção que ele faz entre dois sentimentos que são frequentemente confundidos: o amor e a paixão.

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos”

Fica nítido que para o poeta o verdadeiro amor acontece e é vida, porém segundo o mesmo, quando este amor é interrompido por quaisquer motivos, a morte chega, pois para ele é impossível um amante viver só. Esta visão nos mostra o sentimentalismo típico dos romancistas, sentimentalismo notório durante todas as linhas do poema.
Já no poema “Despedidas”, de Alvarez de Azevedo, pode-se perceber diferenças com o primeiro poema já nas primeiras linhas, pois sente-se um clima de perda e saudade.

“Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Durante o poema, Alvarez de Azevedo se utiliza de verbos empregados no futuro e no modo subjuntivo dando parecer de ações não completas ou que poderão acontecer (podia, verei, partir, sonhei).
O poeta, através de símbolos, nos faz entender que sua amada está morta.


“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”

É possível perceber que para ele o amor só pode ser completo na morte, como se morte e amor se completassem.


“Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Assim, vemos a diferença entre o olhar dos dois poetas: um vê o amor como fonte de vida, enquanto o outro só o considera completo na morte.

Anonymous said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE

Estudantes: Jéssica Moura, Samara Amaral

Disciplina: Literatura Brasileira

Curso: Letras

Avaliação - Literatura Brasileira I

Analise comparativamente os poemas: Se se morre de amor, de Gonçalves Dias e Despedidas, de Alvarez de Azevedo observando de que modo é tratado poeticamente o tema: amor e morte. Considere Alvarez de Azevedo como um poeta ultra romântico e Gonçalves Dias como um poeta moderado. Discuta as nuances do sentimentalismo comparando os poemas e justificando com versos.

No poema “Se se morre de amor”, de Gonçalves Dias, é possível notar a forma sublime, suave e principalmente, idealista do olhar do poeta sobre o amor. Nota-se nos primeiros versos, a distinção que ele faz entre dois sentimentos que são frequentemente confundidos: o amor e a paixão.

“Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende”

“Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos”

Fica nítido que para o poeta o verdadeiro amor acontece e é vida, porém segundo o mesmo, quando este amor é interrompido por quaisquer motivos, a morte chega, pois para ele é impossível um amante viver só. Esta visão nos mostra o sentimentalismo típico dos romancistas, sentimentalismo notório durante todas as linhas do poema.
Já no poema “Despedidas”, de Alvarez de Azevedo, pode-se perceber diferenças com o primeiro poema já nas primeiras linhas, pois sente-se um clima de perda e saudade.

“Ah! vota uma saudade aos belos dias
Que a teus joelhos pálido vivi!”

Durante o poema, Alvarez de Azevedo se utiliza de verbos empregados no futuro e no modo subjuntivo dando parecer de ações não completas ou que poderão acontecer (podia, verei, partir, sonhei).
O poeta, através de símbolos, nos faz entender que sua amada está morta.


“Só contigo eu podia ser ditoso,
Em teus olhos sentir os lábios meus!
Eu morro de ciúme e de saudade...
Adeus, meu anjo, adeus!”

É possível perceber que para ele o amor só pode ser completo na morte, como se morte e amor se completassem.


“Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer!”

Assim, vemos a diferença entre o olhar dos dois poetas: um vê o amor como fonte de vida, enquanto o outro só o considera completo na morte.

Anonymous said...

SE SE MORRE DE AMOR

NESTE POEMA PODEMOS OBSERVAR QUE O AUTOR POSSUI UMA CONCEPÇÃO DIFERENCIADA ENTRE AMOR E PAIXÃO.
PARA GONÇALVES DIAS, A PAIXÃO É UM SENTIMENTO INTENSO E ARREBATADOR, PORÉM, POR SER MOMENTÂNEO, NÃO TEM OS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA CAUSAR A MORTE, ENQUANTO O AMOR VERDADEIRO SE REALIZA EM VIDA, SENDO INFINITO E TANGÍVEL.
("Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos"). COM O TERMO "EXTREMOS" O AUTOR QUER DIZER QUE SE MORRE DE AMOR.
SOBRE A PAIXÃO, O AUTOR ESCREVE:

"Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à
perda"

OU SEJA, POR PAIXÃO NÃO SE MORRE.

DESPEDIDAS

PARA ÁLVAREZ DE AZEVEDO O AMOR APENAS ACONTECE DE FORMA PLENA EM UM LUGAR INTANGÍVEL, OU SEJA, NA MORTE, NO SONHO,
POIS O AMOR DE QUE FALA É ESPIRITUAL E IDEALIZADO E SÓ TEM, PORTANTO, EXISTÊNCIA FORA DA CARNE.
NOS VERSOS ABAIXO PODEMOS OBSERVAR A ABSTRAÇÃO DO AMOR, ONDE O EU LÍRICO QUER MORRER PARA AMAR PLENAMENTE:

"Em teus braços minh’alma unir à tua
E em teu seio morrer."

CONSIDERAÇÕES FINAIS

PARA GONGALVES DIAS O AMOR ESTÁ EM VIDA, DIFERENTEMENTE, PARA ÁLVAREZ DE AZEVEDO O AMOR ESTÁ EM UM ESPAÇO
DE ABSTRAÇÃO E/OU MORTE. ENQUANTO PARA GONÇALVES O AMOR ESTÁ NA VIDA, SENDO A MORTE O SEU FIM, PARA ÁLVARES DE AZEVEDO, MORRE-SE PARA AMAR.

ALUNOS: JORDANE, RODRIGO, MARCIO. ANO 1 DE LETRAS

Anonymous said...

Luis Carlos da Silva/ Rafael S Soares

Despedidas
Alvares de Azevedo
1ª estrofe – Ele se diz só, viveu em tal época onda via a sua amada e sente saudade e sonha. Em situação total de entrega a esse amor.
2ª- Ele não suporta o mundo que o separa do amor pleno e verdadeiro.
3ª Ele diz crer que a união dele com ela só acontecerá se ele morrer.
4ª- Antes de partir dessa existência terrena pede para ela contemplar o céu, olhar as estrelas, o plano da erraticidade, separação entre o céu a terra.
5ª- Antes de morrer ele fala do seu desejo de beijá-la, o primeiro, único e derradeiro beijo.
6ª – A única forma dele estar perto dela é morrendo. A morte une.

Se se morre de amor!
Gonçalves Dias
1ª estrofe – Não se morre de amor apaixonado. Fala de festa, prazer, fascinação e beleza nos remetendo a idéia de paixão.
2ª- Define a paixão, que é um engano d’amor, é um delírio.
3ª – O amor é duradouro, da sentido a vida, compreendendo a natureza de Deus, seus desígnios. O amor é felicidade e que por ele doa-se a própria vida.
4ª – A paixão é terrena, mas é suscetível a separação, não há comunhão de almas.
5ª – De amor verdadeiro se morre.
6ª – Aquele que ainda vive deseja encontrar na morte a união com o ser amado. A morte separa temporariamente.
Comparação
Para Gonçalves Dias a morte é o fim, ela separa. E o ser que ainda vive deseja na morte a reunir-se com a pessoa amada.
O amor é vivido em plenitude já durante a vida, porém ele faz uma distinção entre o amor verdadeiro e o amor apaixonado.
Para Alvares de Azevedo o amor não existe em vida, é platônico, no campo subjetivo do desejo e dos sonhos. O amor só se concretiza morrendo, só então ele é pleno.
A morte é retratada como um momento belo, desejada e ao mesmo tempo temida.

Anonymous said...

Alunas: Lorena Fernandes
Suélin Carvalho
1º ano - Letras

Tanto Álvares de Azevedo e Gonçalves Dias idealizam a mulher amada. Álvares de Azevedo descreve a sua amada com elementos da natureza, conferindo-lhe um ar etéreo e quase inatingível. Já Gonçalves Dias a descreve de forma mais realista, sendo as características apresentadas no poema mais próximas à realidade, como podemos observar no trecho a seguir:
Gonçalves Dias:
“Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos” [...].
Para os temas da morte e do amor cada autor se mostra de uma forma diferente. Para Álvares de Azevedo, o amor é algo que lhe causa tanto sofrimento, que somente a morte é capaz de trazer algum alento. Ele a almeja quase o tempo todo: "Adeus, minh’alma, adeus! eu vou chorando...
Sinto o peito doer na despedida...
Sem ti o mundo é um deserto escuro
E tu és minha vida...".
Gonçalves Dias não vê o amor como algo tão doloroso, mas entende que a paixão pode trazer pesar. Nas obras deste poeta há a dicotomia amor e paixão. O amor é duradouro e brando, já a paixão é breve e consome quem a sente, como se vê nos trechos: "Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!" e "Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;"
Para Álvares de Azevedo o amor é abstrato, platônico, algo que não pode ser compreendido pelo potencial humano e só pode ser realizado após a morte.