Monday, November 21, 2011

Poesia em Meio Eletrônico - Arnaldo Antunes

Circule pelo site de Arnaldo Antunes, selecione um poema e comente nesta postagem a sua análise.

http://www.arnaldoantunes.com.br/
- Artes
- Poemas

15 comments:

Anonymous said...

IMPPRESSÕES DE LEITURA – POEMAS CONCRETOS DE ARNALDO ANTUNES
Poema VEJO MIRO
O poema VEJO MIRO de Arnaldo Antunes, traz profundo impacto aos corações apaixonados de plantão.
O autor relata de forma artística a maior pegadinha do amor: o sentimento não correspondido.
Arnaldo Antunes ao citar "Vejo como um beijo" mostra ao leitor a sensação e a visão que ocupa a mente do indivíduo apaixonado.
O verso "Miro como um tiro" está posicionado de cabeça para baixo, retratando uma tentativa frustrada de acertar o alvo; é como se os planos ficassem de pernas para o ar, do avesso.
Assim,o poeta caracteriza e simplifica o processo do amor solitário.

Jéssica Moura e Samara Amaral - 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema NORMAL

No poema NORMAL Arnaldo Antunes faz uma brincadeira colocando em 5 idiomas diferentes o seguinte verso "perder a fala diante do abismo é normal", sendo que o normal é colocado abaixo de todos os versos, assim quando iniciada a leitura da primeira linha, o leitor se surpreende por não compreender o outro idioma, e ao percorrer com os olhos as outras linhas lhe parecem estranhas. O leitor chega assim até a última palavra, “normal”, e percebe um impacto diante da palavra abismo, que significa a não compreensão de um e outro idioma.

Gustavo Grein - 3º ano - História

Anonymous said...

Poema: NORMAL

Os abismos que encontramos pelo caminho são muitos. O abismo começa no segundo verso escrito em alemão... que expressa um grande vazio para aqueles (como eu) que não compreendem a língua alemã. Esse abismo será maior ou menor, dependendo da compreensão linguistica dos versos, ou seja, se você tem conhecimento do português + alemão + inglês + espanhol + francês.
Perder a fala diante do abismo é natural... a fala, a palavra... o normal... em qualquer língua, porém, a palavra NORMAL tem um significado semelhante, uma esperança, uma saída desse abismo, por isso, se você reconhece apenas a sua língua poderá compreender o poema.
O ritmo de cada língua é diferente, a entonação é modificada, pois cada língua possui sua própria entonação, o que não quer dizer que a maneira de se expressar seja, necessariamente, distinta.

Tabita Maier - 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema RIOIR

O poema RIOIR de Arnaldo Antunes, pode ser entendido como um rio analisando-o de fora para dentro ou então se analisarmos de dentro para fora chegamos à palavra "o ir". O Azul é usado como cor predominante, fazendo alusão ao rio. O sistema de círculo ilustra um rio, e principalmente evidencia o ciclo da vida, pois sempre andamos em círculo, nossa vida é um ciclo. O ciclo de ir e vir torna-se mais claro, quando a palavra rio vai se mesclando, com o deslocamento do R para o O, formando assim uma palavra só, ou seja, interligando rio com o movimento de ir.

Julia C. Cardoso e Sara M. S. da Silveira – 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema METADE, 2002
O poema METADE (2002) é construído com um jogo de palavras e formas sobre a ideia quantitativa das coisas, em que a palavra METADE é dividida na metade, assim como o DOBRO da METADE inicial, que traz uma ideia de que esta METADE está sendo dobrada. Porém, o final é surpreendente, pois o dobro aparece como resultado do dobro, que é um DE SI...

Camila Ferreira de Oliveira e Marcele Kirschbauer – 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema MÁSCARA, 1993

O primeiro impacto ao ler o poema foi o de que somos máscaras, as que nós imprimimos e as que a sociedade nos impõe. O poema transmite ao leitor a sensação de como várias imagens nos são vendidas e como as compramos.
Somos formados a partir de regras e preconceitos e quando nos sujeitamos a eles, acabamos nos esquecendo quem somos ou quem éramos, propondo a indagação: O que sou? Algum dia fui? Por que nos permitimos a usar tantas máscaras?
Vivemos questionando e condenando o uso de máscaras de nossos amigos e da sociedade, mas esquecemos que somos mascarados, vestimos uma, ou várias, em situações diferentes. Se tirarmos todas, o que restará? Quanto mais uso fizermos delas, mais difícil será para descobrir um identidade.

Evandro Gruber - 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema SUMO DE MIM, 1986
O poema SUMO DE MIM (1986) gera impressões de um momento de angústias íntimas. O movimento de letras que se distorcem se encobrem, nos remete à perda de sentido, de ordem, de confusão, sentimento embaralhado. Pode-se fazer uma relação desse poema com textos de Clarice Lispector em função do sentimento de angústia expresso pelas palavras.

Marcia Aparecida Grison e Caroline Zanoni Bráz - 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema A CAVEIRA RI

A forma do poema nos leva em primeiro momento ao riso. Porém quando nos deixarmos levar pela reflexão, percebemos que o ser humano, não passa de um saco de ossos que ri ao deparar-se com a perplexidade da vida.
De outra forma vemos a morte sorridente nos observando, pois por mais que queiramos fugir dela, algum dia escutaremos suas piadas.
Poema INVENTO

O poema expressa que os maiores inventores são os maiores cabeça de vento. Eles permitem que seus pensamentos sejam levados pelo tempo.
Poema METADE
O interessante do poema é nos imaginarmos no esforço básico de cumprirmos as tarefas sociais (trabalho, estudo, etc.) A necessidade do capital de vendemos nosso tempo e nos dobrarmos em diversas situações. Porém muitas vezes não conseguimos nem ao menos aplicar a metade do que podemos fazer. Em suma, o poema deixa transparecer as angústias de um ser que se inventa e, reinventa a cada dia, mas se limita a fórmula matemática proposta pelo poeta: metade do dobrodesi.

Antônio Augusto Pereira Hille – 3º ano História

Anonymous said...

Poema SEMPRESSA, 2002.

Atualmente vivemos correndo contra o tempo. Na maioria das vezes atrás dele. Estamos sempre atrasados, quando nas melhores situações que nos encontramos estamos ao seu lado, na hora certa, e raramente em outros casos sem pressa...
Percebe-se neste poema pela disposição gráfica das palavras no espaço, um efeito de desaceleração “calma, não tenha pressa". Tanto a disposição das palavras como também o formato grande das letras enfatizam a ideia de calma.

Rodrigo Fagundes Geremias e Marilcha Luciano dos Santos – 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema ASAS, 1991

No poema ASAS a liberdade está presente pelas linhas que se movimentam na sua estrutura. A palavra “asas”, escrita em diferentes formas reflete vários significados como sutileza, leveza, esvaziamento do eu... Causando no leitor um estado de transcender o aqui e o agora. A inclinação das linhas gera outro movimento de leitura, conduzindo o leitor para valores da imortalidade.


Poema PLACENTA PLANETA, 2002.

No poema PLACENTA PLANETA, a sombra gerada pelas palavras e as letras que se fundem transmitem sonoridades parecidas e significados diferentes simultaneamente interligados. O sentido de PLACENTA NO PLANETA, A PLACENTA DAS PESSOAS, DA MULHER, DA VIDA se constituem como uma enorme placenta, o ecossistema.

Nayara Taina Peters - 2°ano Letras

Anonymous said...

Poema INFINITOZINHO

O poema INFINITOZINHO de Arnaldo Antunes traz a sensação de infinitude através das misturas de linhas retas com círculos que faz com que o leitor pare para tentar buscar uma saída em meio há tantas linhas entrelaçadas. O infinito proposto é organizado por apenas uma palavra, mas a reflexão que o leitor consegue fazer observando as linhas é muito maior e mais instigante do que se fosse apenas uma palavra crua e "normal".

Naiara Barbosa – 2º ano Letras

Anonymous said...

Poema CROMOSSOMOS
O poema CROMOSSOMOS faz um jogo de palavras interessante, pois0 ao mesmo tempo em que estamos lendo a palavra cromossomos percebemos outros sentidos parecidos: "como somos" é um deles, que nos leva a refletir sobre nossa existência e sobre como somos constituídos por pequenas partículas que formam um todo.

Emanoel Querino Maria - 3° ano História

Anonymous said...

Arnaldo Antunes é um grande produtor de poesia concreta. Um de seus trabalhos, “Normal”, publicado em 2002, é um bom exemplo de como ela é ao mesmo tempo imediata e profunda. Ele faz um interessante jogo semântico utilizando o adjetivo que dá nome ao poema. A palavra tem a mesma grafia e o mesmo significado em diversas línguas, portanto, mesmo quem só domina o português conseguirá entender o texto. Além disso, a frase “perder a fala diante do abismo é normal” é facilmente compreendida, uma vez que pode simbolizar algo pelo qual as pessoas já devem ter passado na vida. O poema não só aproxima as pessoas linguisticamente, como também as aproxima sentimentalmente, demonstrando que elas têm mais coisas em comum do que podem imaginar.

Lorena Fernandes - Letras - 2º ano

Prolij / Univille said...
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Aninha Kita said...

Na contemporaneidade, um representativo artista do movimento concretista é o músico e escritor Arnaldo Antunes. Seu jogo de palavras, muitas vezes indecifrável à primeira vista, exige novas perspectivas do olhar para a imagem e a palavra. O poema “Invento” (2002) é um bom exemplo. Ao separar “in” com hífen, Antunes faz referência ao prefixo “in” - fenômeno da palavra “imigrar”, por exemplo -, neste ponto ele trabalha com a palavra, mas ao completar ou “traduzir” com “vento dentro” ele trabalha com a ideia, a semântica, como se a invenção fosse para ele um sopro, brisa de inspiração dentro do sujeito, dessa forma justificando a divisão de ordem linguística antes feita.

Ana Paula Kinas Tavares – 2º ano de Letras (Única habilitação)