Monday, November 05, 2012

Construção: ensaio/artigo

PROBLEMA
1.  Quais os traços identificadores do folhetim romântico em O Guarani, de José de Alencar, e em A escrava, de Bernardo Guimarães?
ou
2. Quais os traços identificadores do teatro romântico - comédia de costumes - em Plebiscito, de Arthur Azevedo e O Noviço, de Martins Pena?



REFERÊNCIAS

O Guarani http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=129542

A escrava Isaura http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=142134

Plebiscito (Histórias Brejeiras) http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=28277#plebiscito

Revista eletrônica Mafuá http://www.mafua.ufsc.br/numero07/ensaios/vailati.htm - OBS.: Ler as diretrizes para publicação e os ensaios/artigos publicados.

DISCO VIRTUAL

- O romance (power point)
- O teatro romântico brasileiro (power point)

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1ª versão até 21/11
2ª versão até 28/11


44 comments:

Anonymous said...

Aluna: Natali Pimentel

BREVE ANÁLISE DO TEATRO BRASILEIRO.
Resumo: O presente artigo analisa alguns traços românticos da comédia de costumes em o Plebiscito, de Arthur Azevedo e O Noviço de Martins Pena.

Palavras-chave: Teatro; Plebiscito; O Noviço.

Abstract: This article analysis of some traits in the romantic comedy of manners in the Plebiscite, Arthur Azevedo and Acolyte of Martins Pena.

Keywords: Theatre; Plebiscito; O Noviço.


O teatro é, antes de qualquer coisa, uma arte, que se associa à história do homem e a própria história da comunicação humana, se configura também como uma arte mestiça, envolvendo literatura e encenação. Diacronicamente percebemos sua presença no Brasil, no decorrer do período colonial, com os missionários jesuítas, até os dias atuais.
O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos.
Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os ritos começaram a evoluir, surgem danças miméticas( compostas por mímica e música). Os ritos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação, ou seja, em movimento.
O livro Panorama do teatro brasileiro (2001) de Sábato Magaldi revela que as primeiras manifestações cênicas no Brasil cujos textos se preservaram são obras de jesuítas, que fizeram teatro como instrumento de catequese. No Brasil, portanto, o teatro tem sua origem com as representações de catequização dos índios. As peças eram escritas com intenções didáticas, procurando sempre encontrar meios de traduzir a crença cristã para a cultura indígena.
Para falarmos de Plebiscito de Arthur Azevedo e O Noviço, de Martins Pena é interessante termos esta base de como o teatro vem sendo desenvolvido no Brasil. O teatro no Brasil foi desenvolvido a partir de bases europeias e objetivou agradar às elites que transformavam as apresentações em verdadeiros eventos sociais, principalmente nas grandes cidades. Foi apenas com Martins Pena que o teatro passou a refletir as cenas e as problemáticas da realidade brasileira.
Suas obras estão classificadas no gênero "comédia de costumes", inaugurado por ele, e se empenham no retrato de situações cômicas da realidade brasileira compondo uma espécie de sátira social. Além disso, é responsável por criar tipos característicos e situações peculiares tanto no ambiente urbano quanto no ambiente rural.

Anonymous said...

As características centrais do romantismo: o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e inóspito de outro marcaram a cena brasileira do século XIX. Também destacam-se o nacionalismo, a idealização do mundo e da mulher, assim como a fuga da realidade e o escapismo. Eventualmente também nota-se o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. No teatro romântico é perceptível também a relação entre: o histórico e o lendário que se confundem, com base em fatos verificáveis; atingem-se interesses políticos e nacionais em toda a sua variedade;busca da forma nova, a cor local, os costumes, a base da realidade e características essenciais da sociedade;é preciso sugerir a atmosfera histórica e a própria criação dramática gerando a “ilusão perfeita”; ocorre a violação da lei das unidades do teatro clássico ( tempo,espaço e ação) e permanece indispensável a unidade de ação ou de interesse. Passou-se do verso à prosa, chega-se finalmente à concepção do drama moderno, voltado para os grandes problemas humanos, morais, históricos ou da atualidade, com multiplicidade de circunstâncias e de personagens, enriquecendo-se assim a variedade da peça.
Enfatiza a verdade moral desvalorizando a verdade histórica. No 1º caso intensificam-se as paixões, acentua-se a luta entre o dever e o coração e no 2º dá-se relevo a um “pensamento severo”, gerado pelas circunstâncias, hábitos e costumes do meio ambiente.
O drama romântico distingue-se pela união do nobre e do grotesco, do grave e do burlesco, do belo e do feio, em suma, marca pelo contraste.
Empresta-se ao teatro uma missão reformadora, voltada para os problemas humanos e nacionais, a maior força corretiva da sociedade contemporânea, onde se encontra toda a gama de interesses, paixões, hábitos nobres e vulgares, crimes e virtudes.
Na comédia ocorrem modificações em escala menor. Não é próprio dela dar expansão à imaginação, sensibilidade ou à idealização romântica.No entanto conservou, objetos morais e sociais e manteve idêntica concepção do amor, com poder corretivo e reintegrador, atitude predominante em Martins Pena.
Em O Noviço de Martins Pena, ocorre o maniqueísmo e o desfecho é feliz. Existem alguns elementos nesta peça que não se ajustam ao romantismo, como por exemplo, a denúncia social que se dá por meio do humor, da sátira e das caricaturas, e o comportamento pouco convencional, em termos de heroísmo romântico. O herói da trama, Carlos utiliza meios poucos recomendáveis moralmente para atingir o que pretende. (desmascarar o vilão). Num primeiro momento o personagem foge do convento, veste-se de mulher para recuperar a liberdade. Além disso, a peça explora a união dos fracos e enganados, Florência e Rosa, contra a força, Ambrósio, segundo marido de Florência, viúva rica, que a explorava sentimentalmente objetivando afastar filhos e sobrinho para se apoderar de seus bens. Martins Pena valoriza a capacidade de luta demonstrando a fragilidade daqueles que se julgam espertos.

Anonymous said...

A trama de O Noviço é a história de Carlos, rapaz enviado para um convento por decisão de sua tia tutora. Não tendo vocação para a vida religiosa Carlos foge do convento e dedica-se a desmascarar o ambicioso Ambrósio, segundo marido de sua tia. O texto é uma comédia em três atos, escrita em 1845. A situação enfocada é um caso de bigamia vivido por Ambrósio, um aproveitador da fortuna de sua segunda esposa, Florência. No decorrer de trama aparece Rosa, a provinciana primeira esposa de Ambrósio, assim a comédia opera uma crítica aos costumes sociais, nos âmbitos rurais e urbanos.
Em O Noviço, a figura de Ambrósio representa o que há de malandragem, do interesse pessoal colocado acima de quaisquer outros valores. Martins Pena retira dos personagens da idealização romântica e coloca em cena situações maniqueístas, nas quais frequentemente o bem é oposto ao mal, os fortes e aos fracos, os enganadores e aos enganados.O noviço trata de casamento por interesse. Ambrósio, o vilão, casa-se com a rica viúva Florência para tomar posse de sua fortuna. Entre ele e seu objetivo, encontram-se os dois filhos dela, Emília e Juca, e o sobrinho Carlos, o noviço do título, de quem Florência é tutora. A solução encontrada por Ambrósio é providenciar que todos ingressem na vida religiosa. Com Carlos, esse objetivo já tinha sido alcançado: Florência, convencida pelo esposo, enviara o sobrinho para um seminário, Mas os planos de Ambrósio serão frustrados pelo jovem noviço, que foge do seminário para seguir carreira militar e casar-se com Emília, por quem está apaixonado. No desfecho , Ambrósio é desmascarado, preso por bigamia, e os dois jovens podem, finalmente, ficar juntos.
Em o Plebiscito, de Arthur Azevedo (a cena se passa em 1890) o foco é uma família. A trama é basicamente a seguinte: A cena inicia com uma família reunida após o jantar e o filho pergunta ao pai o que significa plebiscito. O pai assume uma posição patriarcal e não responde a demanda do filho, antes de consultar um dicionário. Assim, a narrativa desnuda a hipocrisia presente na hierarquia familiar brasileira desse tempo. Uma simples pergunta de criança sobre o que significa a palavra "plebiscito" desmascara toda uma prática de autoridade. O pai, figura central da trama, não sabe responder à questão, mas faz de tudo para que seus familiares não percebam sua ignorância a respeito do assunto. Discute e se zanga com a mulher, pois ela lhe diz que seria melhor ele revelar a verdade. O homem, numa ridícula tentativa de fuga, tranca-se no quarto, onde havia um dicionário. Os filhos pedem à mãe que faça as pazes com o pai, pois não faz sentido brigarem por algo tão tolo, então ela procura o marido que, triunfante, repete feito um papagaio que plebiscito é uma lei decretada pelos romanos, estabelecida em comícios. Acrescenta ainda que estão querendo introduzi-la em nosso país. Mais uma vez, a família está salva, hipocritamente salva.
O plebiscito é uma narrativa simples, detalhista, com observação por parte do narrador, com humor, ironia beirando o sarcástico. Uma história aparentemente comum, mas com uma crítica nas entrelinhas não só ao vocabulário da época que já sofria com os estrangeirismos, mas também ao pseudoeruditismo.
As peças analisadas propiciam uma noção do teatro romântico brasileiro e retratam os costume da sociedade no século XIX.

Anonymous said...

O homem como preservador do papel de patriarca da família e a mulher submissa aos caprichos do marido. Isto aparece em ambas obras, pois na primeira Florência foi convencida de colocar Carlos e Emília na vida religiosa para ceder o pedido do marido Ambrósio, e na segunda a mulher do Sr. Rodrigues tenta fazer com que ele assuma que desconhece o significado de um estrangeirismo, “plebiscito”, mas e este não aceita a sua condição de ignorante, bem como a percepção de sua mulher de que ele não dominava o significado de uma palavra, mas para manter a honra fingia conhecê-la. As duas obras também são consideradas comédias, e criticam a sociedade da época. Arthur de Azevedo e Martins Pena consolidaram a comédia de costumes no Brasil.

REFERÊNCIAS
www.pointdaarte.blogspot.com
MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro. 5 ed. São Paulo: Editora Global, 2001
: CASTELLO, José Aderaldo e CÂNDIDO, Antonio. Presença da literatura brasileira, vol I, 6º ed., São Paulo: DIFEL, 1974.
www.educared.org

Anonymous said...

Flávia Machado Witt
Graduanda 1º ano Letras

Traços do teatro romântico brasileiro na peça O Pebliscito, de Arthur Azevedo

Resumo: Com a ascensão da burguesia no final do século XVIII, o gosto da sociedade muda e o teatro começa a se adequar aos padrões vigentes. No Brasil, a partir dos trabalhos de Gonçalves de Magalhães, de 1838, várias peças começam a serem representadas, dando impulso ao teatro romântico brasileiro. A peça “O Pebliscito”, de Arthur de Azevedo, situada nesse contexto, apresenta traços identificadores do teatro romântico brasileiro, investigados nesse ensaio.

Palavras-chave: Romantismo, teatro brasileiro, O Pebliscito.

O Romantismo define-se por ser o período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, dispersando-se entre outros países do mundo até o final do século XIX. Surge como uma tendência que se manifesta nas artes e na literatura e que se opõe ao racionalismo e ao neoclassicismo, até então vigorosos na época. Caracteriza-se pela defesa da liberdade, de criação ou individualista e privilegia a emoção, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, o nacionalismo e o passado. O período romântico no Brasil inicia-se em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até meados do ano de 1881.

Anonymous said...

Com a publicação do prefácio do drama histórico Cromwell, em 1827, Victor Hugo, dramaturgo francês, lança um manifesto exaltando a liberdade do teatro. O manifesto tinha como base teórica Shakespeare, Goethe e Schiller, que exprime a dualidade fundamental da natureza humana e se faz a síntese do lírico e do épico. Estavam em jogo duas visões literárias, de um lado o classicismo e do outro o romantismo, saindo este último fortalecido na sociedade. Assiste-se nesse tipo de teatro, o renascimento de temas nacionais e do interesse pela história, sobretudo pela história da Idade Média.
O teatro brasileiro, até então, possuía os mesmos traços europeus vigentes da época, pois tinha como principal objetivo agradar às elites brasileiras, que transformavam as apresentações em verdadeiros eventos sociais, principalmente nas cidades grandes. Neste período se destaca a peça “O Noviço”, de Martins Pena.
Proliferam-se criações feitas para serem representadas, em verso ou em prosa, ou mistura de prosa e verso, que avultam excessos de sentimentalidade e de imaginação. É, portanto, que neste contexto, Arthur Azevedo escreve “O Plebiscito”, um conto que desnuda a hipocrisia presente na hierarquia familiar brasileira da época e encenado como teatro.
O teatro romântico brasileiro busca retratar características essenciais da sociedade, costumes locais e fatos históricos. Percebe-se na peça “Plebiscito”, elementos característicos dessa época: a peça é escrita na forma de prosa com discurso diretos e dinâmicos:

“O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos
_Que é? Que desejam vocês?
_Eu queria que papai me dissesse o que é pebliscito.”
(O Pebliscito, Arthur Azevedo)

Anonymous said...

Os personagens que fazem parte da família na peça, por exemplo, possuem traços típicos da sociedade de 1890, são tradicionalistas. Constitui-se pelo pai (figura patriarca), a mãe (típica dona de casa e submissa) e os filhos (obedientes). Todos eles, no início da peça, encontram-se reunidos na sala de jantar. O pai, por ser a figura patriarcal, não admite erros e sempre é o dono da verdade, porém nota-se na cena que se passa que o personagem, o chefe da família, não é realmente sempre o dono da razão por buscar ajuda nos dicionários e não querer admitir para seu filho que não sabe o significado da palavra plebiscito:

“O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:
_Mas eu sei!
_Pois se sabe, diga!
_Não digo nada para não me humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!”


Aqui há ênfase à verdade moral, desvalorizando a verdade histórica. A peça está voltada para os problemas humanos, morais, atinge interesses políticos e nacionais.


Referências Bibliográficas:

AZEVEDO, Arthur. Contos fora de moda. Rio de Janeiro: Editorial Alhambra, 1982.

http://www.educared.org/

http://www.releituras.com/aazevedo_menu.asp

Unknown said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE
João Paulo dos Santos
1° Ano – Letras

Apreciação do texto dramático “O Plebiscito” de Arthur Azevedo

Introdução
O plebiscito é um texto literário de Arthur Azevedo, pertencente a gênero dramático, que conta uma breve passagem em uma casa de família do século XIX. É na verdade uma comédia, um deboche ao sistema patriarcal e ao ego do homem daquela época.

Desenvolvimento

O texto é muito simples, com uma linguagem bem fácil e acessível, sem formas demasiadamente formais, até por que descreve um acontecimento simples e rotineiro em uma casa de família de dois séculos atrás. O pai está sentado, a mãe limpando uma gaiola. De repente o garoto faz um pergunta: “Papai, que é plebiscito?” Aí começa o drama. O homem, orgulhoso, não pode perder a imagem de chefe da casa. Se assumisse que não sabia o significado estaria, na mente dele, colocando em risco sua autoridade e seu respeito frente à mulher e os filhos. Se o filho, que era ainda pequeno, e logo, “menos sábio”, estava lendo um texto aonde havia a palavra plebiscito, era obrigação dele, como pai e homem experiente, saber o significado da palavra. Para tentar fugir daquela situação constrangedora, fingiu estar dormindo. Aí se vê uma bela pitada de hipocrisia. Não assume que não sabe o significado da palavra, mas não se importa em fingir que está dormindo (algo antiético, diga-se de passagem) para driblar a pergunta do filho. Ao fingir estar dormindo, acredito que ele pensou que o filho não o importunaria mais, devido ao respeito em não atrapalhar o descanso do pai. E aí entra em cena a mulher: “Ó seu Rodrigues...” grita ela, com um tom em que seria impossível ele fingir estar dormindo. Ele todo disfarçado, faz-se de desentendido e quando o menino repete a pergunta, finge ficar atônito com a ignorância do menino e da esposa que já havia dito não saber o que significava a palavra. Quando a esposa lhe “ofende” afirmando que ele também não sabe, fica irado, seu orgulho foi ferido, a esposa ousa “ofendê-lo” na frente das crianças, diz não ser nenhum ignorante e o que a esposa queria fazer ela humilha-lo. Vai esbravejando para o quarto onde tem um dicionário, tudo o que precisava no momento. As crianças, que parecem estar acostumadas e conformadas com a atitude do pai, pedem à mãe que tome a iniciativa e faça as pazes com o pai. Mesmo com a razão, para não manchar a imagem do marido frente às crianças, a mulher vai e convence-o a deixar o quarto e voltar para sala. Ele depois de ter lido o significado da palavra, “discursa” para os familiares, com ar de autoridade o significado da palavra: “Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecido em comícios.” Mas logo após o ato solene da mais uma prova de sua ignorância: “Uma lei romana, percebem? E querem introduzi-la no Brasil! É mais um estrangeirismo!...”.

Conclusão

O machismo, que nem sempre é semelhante ao patriarquismo, é uma atitude presente em vários tempos históricos. O seu Rodrigues do texto de Arthur Azevedo é um exemplo clássico de machista, que, além disso, é orgulhoso e hipócrita, tal qual boa porcentagem dos machistas de hoje mesmo. Prefere mentir, que é muito mais “feio” e antiético, ado que declarar-se desconhecedor de uma simples palavra, tudo para manter a imagem de sábio, culto e respeitado senhor de família. O texto nos permite ir além da esfera familiar, fazendo uma provocação a todas as pessoas no que diz respeito à ignorância, a situação de preferir mentir a assumir que desconhece algo ou do falar com propriedade de um assunto que conhece pouco, ou que só conhece aquilo que ouviu de outra pessoa ou meio. Talvez a carapuça sirva para alguns liberais de fala macia...

Referências bibliográficas:
http://www.releituras.com/aazevedo_menu.asp

Marcelo289 said...

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE
Marcelo Hagemann dos Santos
1° Ano – Letras

Como é possível identificar um texto que seja um teatro romântico? Que tipo de características encontramos neste tipo de texto? No que ele diferencia dos outros textos? E um texto de uma peça de teatro pode ser considerado como literatura?
São perguntas relativamente fáceis de serem respondidas.
Primeiro, devemos pensar em qual e a função de um teatro romântico. Diferente da literatura de modo geral, os textos das peças de teatro – ou os roteiros das peças de teatro – não são feitos inicialmente para serem lidos pelo público geral, e sim pelos atores e diretores que colocaram as peças de teatro em prática.
Isto implica ao texto da peça de teatro uma série de características.
A primeira delas é que o texto é constituído basicamente das falas dos personagens. Estas falas não são necessariamente aquilo que o ator deve ou irá colocar em prática durante a encenação. Às vezes o ator esquece-se de alguma fala, e precisa improvisar encima do texto em geral, e levanto em conta a situação e seu personagem. Outras vezes o ator pode querer modificar alguma fala do personagem para realçar alguma característica do mesmo, ou ainda acrescentar uma nova. Sem falar de casos em que o ator decide colocar uma marca sua no personagem durante a atuação.
Mas não apenas de falas é constituída uma peça de teatro. Há descrições gerais das situações, rápidas e sem ater-se muito a detalhes. E esta é a segunda característica principal de uma obra desse gênero. Os roteiros das peças de teatro normalmente só deixam um pequeno contexto de cada cena, que podem ser postos no teatro em forma de cenário, encenados pelos atores ou ainda descritos por um narrador. Ainda não é necessário ater-se apenas no uso de uma dessas três possibilidades, pode haver outras. Como ainda pode ser utilizado mais de uma dessas possibilidades de uma só vez.
A última característica é parecida com a segunda. O fato é que não há nenhum tipo de descrição física dos personagens. Talvez de suas vestimentas, mas nada muito detalhado. A maior descrição é referente ao papel que o personagem representa perante a trama, ou ainda sua ocupação social ou familiar. Como por exemplo: O texto pode definir que tal personagem é um médico, ou um pai de família.
Portanto, após esse breve clareamento a respeito das características dos textos teatrais, podemos responder as perguntas iniciais deste ensaio.
Todas as características envolvem de alguma forma a simplicidade narrativa e estrutural do texto. Não há grandes descrições e nem falas complexas.
As características são; O texto pode ser resumido às falas; as ações não são descritas, apenas se diz o que acorre na cena; e os personagens não recebem nenhum tipo de descrição física.
Estas são as diferenças básicas entre um texto literário e um texto teatral. Enquanto a literatura coloca em foque a descrição, ou melhor, as palavras do texto, o texto da peça teatral se importa apenas em guiar os atores na execução da peça de teatro.
E por fim, é difícil dizer ao certo se um texto de uma peça teatral pode ser considerado literatura, afinal, o que é literatura?
Muitos dirão que o gênero dramático não pode ser considerado literário, pois não se importa em ser lido, e sua essência está na execução da peça de teatro. Enquanto outros dirão que, por ser escrito, é sim parte da literatura, e pode, não, deve ser lido pelo público geral.

Anonymous said...

Aluna: Aline Moser Pavesi
1º ano - Letras
Literatura Brasileira I


Traços do folhetim em “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães


Resumo: abordaremos como principal questão os traços do folhetim em “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, a sua obra e algumas características do romantismo, podendo analisar qual a importância, e quais discussões o livro trouxe para uma época onde as mulheres eram tratadas como escravas de sua própria casa e de seus próprios maridos.


Palavra Chave: Folhetim, Escrava, Traços e romance.

Anonymous said...

O folhetim é uma narrativa literária, está inserida dentro dos gêneros prosa de ficção e romance, suas características são: o formato, que é publicada de forma parcial e sequenciada em periódicos e o conteúdo, que apresenta narrativa ágil, voltados para prender a atenção do leitor. Os folhetins faziam criticas amenas á sociedade na época. A possibilidade das tramas era infinita e buscava ilustrar com realismo e emoção a miséria da condição humana. Apresentavam múltiplas opções de enredo: de assuntos frívolos a sérios, de conversas particulares a acontecimentos políticos, tratava também, das amenidades e da vida da classe média, o folhetim se aproximava do realismo literário, também realizava um registro da vida cotidiana típico do jornalismo, mas não com a pretensão de registrar a verdade, mas apenas de ser verossímil.
Bernardo Guimarães escreveu o livro “A Escrava Isaura” em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e cruel, que se une aos abolicionistas do Brasil e dá voz ao drama dos escravos. O livro não deixa de apresentar, porém, uma das características mais marcantes do escritor: a linguagem simples, de contador de casos, em que se revela o cotidiano das províncias brasileiras do século XIX.

Anonymous said...

O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo anti-escravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro. A liberdade é o principal ponto discutido, pois temas como valores direitos e deveres vem a tona.
No romance de folhetim “ A Escrava Isaura” encontramos alguns elementos estilísticos, como a hipérbole, a comparação, a metáfora e o flashback. O romance visa uma representação total da vida, o herói é um individuo e o destino, uma biografia, o romance apela para o mito, os personagens são um prolongamento da fantasia do escritor.
O romantismo tem em suas principais características a liberdade de criação, o sentimentalismo, a super valorização do amor, o nacionalismo, o mal do século, a idealização da mulher, o predomínio da metáfora e da comparação, e como característica do romantismo Bernardo Guimarães, se enquadra na prosa regionalista com o romance “A Escrava Isaura”, pois a historia envereda-se pelo interior do Brasil, trazendo como personagem, o homem do sertão com seus hábitos, suas tradições, valores e costumes, fixando traços mais marcantes de cada região.
A “Escrava Isaura” trouxe a tona, nas mulheres a reflexão de que elas eram escravas de suas próprias casas e de seus maridos, esse romance foi de grande importância para a época, não era como folhetim, porque foi publicado em livro não em jornais ou revistas como os folhetins eram publicados na época, mas tinha vários traços importantes como um folhetim, pois relatou fatos muitas vezes reais, ilustrou com realismo e emoção a miséria da condição humana, acontecimentos políticos e econômicos também foram abordados.
Podemos analisar, em uma época que a historia real de certa forma não podia ser contada, onde as pessoas não podiam analisar e refletir, onde uma lei (Áurea) de nada adiantava se as pessoas não se comovessem com tais assuntos, como, escravidão e liberdade.



Bibliografias:

www.passeiweb.com/aescravaisaura
pt.Wikipédia.org/Will/folhetim
http.books.Google.com.br

Anonymous said...

Sobre os traços de folhetim romantico nas obras O Guarani e A Escrava Isaura

O romantismo brasileiro pode ser divido em três fases: o Indianismo (onde a obra O Guarani se encaixa)sendo o heroi o índio - selvagem bom- exaltando a natureza, a pureza do índio e a corrupção do homem "civilizado", mostrando o preconceito que havia da sociedade em relação a eles. O Ultraromantismo ou Byronismo que se foca no sentimentalismo exacerbado, a musa inalcansável e o amor como causador de dor, sempre havendo como final feliz o matrimônio ou a morte. E a geração Hugoana ou Condoreira(onde a obra Escrava Isaura se encaixa)sendo o maior enfoque das obras em questões como a nacionalidade, os direitos e a escravidão, sendo contornados por romance onde as pessoas podem se entreter e ao mesmo tempo tomar consciência do problemas existentes na sociedade.
Em ambas as obras - A escrava Isaura e O Guarani- há características do folhetim romantico, como se pode observar pelo fato de serem apresentados em partes, pulando de uma cena à outra tendo em seu texto uma profusão de eventos prendendo a atenção do leitor.


Jênifer Aline Secco - 1º ano Letras

Anonymous said...

Aluna: Camila Zoellner.


Características dos folhetins românticos - O Guarani e A Escrava Isaura

O romantismo no Brasil iniciou em torno de 1836, quando nosso país vivia sob a euforia da independência, buscando assim, criar uma identidade nacional e livrar-se dos padrões literários portugueses seguidos anteriormente, fazendo com que se desenvolvesse e ampliasse a criação literária da época. As obras brasileiras valorizavam o sentimentalismo, o cristianismo, a relação natureza-homem, a história de nosso país e o cotidiano dos brasileiros a partir da influência de escritores alemães, ingleses e franceses.
O livro de José de Alencar, “O guarani” (1857), trabalha com o tema natureza e também o choque entre culturas, em decorrência dessas diferenças, o homem que vivia de acordo com os costumes da época (Dom Antônio) era considerado “superior” ao índio, Peri, que apesar de ser considerado um selvagem pelos brancos, tinha um bom caráter, conforme a filosofia de *Rousseau. Bernardo Guimarães, em “A Escrava Isaura” (1875) também retrata essa a pirâmide social brasileira em seu folhetim. Isaura, por ser escrava, era tratada como objeto de desejo do filho de seu senhor, que nutria por ela um amor cego e violento. Sendo assim era considerada inferior duas vezes: por ser mulher (sinônimo de submissa na época) e por ser uma escrava. Essa situação só mudou quando o personagem Álvaro, é inserido ficcionalmente, formando assim um triângulo amoroso. Álvaro percebe em Isaura não só sua beleza exterior, mas a interior, ajudando-a a libertar-se da condição de escrava, comprando sua carta de alforria.
Ambos os livros contém críticas subentendidas ao sistema social vigente na época. De um lado, uma crítica ao preconceito contra os índios, que eram compreendidos selvagens, mostrando-os literariamente como bons selvagens. De outro lado, em “A Escrava Isaura”, há uma crítica abolicionista. A linguagem dos dois folhetins é simples, com personagens unidimensionais – marcados por uma linearidade de caráter - o que era bom, sempre era bom, e o que era mau, sempre tinha pensamentos e atitudes más. O texto enfatiza o amor impossível, numa narrativa cronológica para explicar melhor os personagens presentes no texto e suas ações decorrentes do tempo. A descrição do cenário é detalhada aproximando o leitor dos locais descritos.
Se considerarmos que a maior parte do público leitor no século XIX era constituído por mulheres, entendemos melhor essas duas histórias de amor. Graças a elas e suas manifestações ideológicas foram abertos espaços de revisão dos valores vigentes, que tornaram a mulher mais ativa socialmente.

*Segundo Rousseau a teoria do bom selvagem é de que o homem naturalmente é bom, nasceu bom e livre, mas sua maldade advém com a sociedade que em sua pretença organização não só permite mas impõem a servidão e a escravidão a tirania e inúmeras outras leis que privilegiam as elites dominantes em detrimento dos mais fracos instaurando assim a desigualdade entre os homens, enquanto seres que vivem em sociedade. Desta forma rousseau faz uma crítica contundente contra a sociedade moderna e um grito de alerta sobre a exploração do homem pelo proprio homem, desta forma privilegiando o ter em desfavor do ser.
(Jean Jacques Rosseau - 1755)

Anonymous said...

Tamires da Silva
Acadêmica 1º ano Letras

Análise literária e social do romance A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

O objetivo deste trabalho é analisar o romance A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, levando em conta os aspectos literários e sociais, a fim de verificar qual é a contribuição dessa obra para o Romantismo no Brasil e como ela está relacionada ao contexto em que se situa.

O livro a Escrava Isaura foi muito difundido na época de sua publicação, pois além de apresentar uma linguagem simples e direta, a obra retratava um problema muito próximo da realidade social: a escravidão.
O livro retrata a escravidão, os abusos e humilhações as quais eles eram submetidos, enfatizando as paixões, marca do romantismo exacerbado, cuja protagonista Izaura, era descrita com muita sensibilidade, beleza e altruísmo, como podemos observar no seguinte trecho pertencente a uma fala de Álvaro, quando é questionado por seu amigo a respeito das origens da bela heroína:

‘Pouco me importo com essas coisas, e poderia responder-te que veio do céu, que é da família dos anjos, e que tem uma fortuna superior a todas as riquezas do mundo: uma alma pura, nobre e inteligente, e uma beleza incomparável. [...] ´
GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Editora Ática, 1979. P. 57

Anonymous said...

Nesse pequeno fragmento podemos notar a exuberância e a grandiosidade das descrições do autor, bem como sua clareza na escrita. Além desse, outros aspectos marcantes do Romantismo estão presentes na obra, como a bravura e pureza da heroína e o exagero do sentimentalismo. Com relação à forma como o escritor aborda a questão da escravidão, é possível notar que ao longo da história ele tece uma crítica consistente e fundamentada a respeito dessa indústria injusta e repugnante.

Deplorável contingência, a que somos arrastados em conseqüência de uma instituição absurda e desumana!´.
GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Editora Ática, 1979. P.102


O comentário citado pertence a uma das falas de Álvaro, dita durante outra conversa com seu amigo Geraldo, na qual se sente indignado diante da situação vivida por Isaura em meio aos abusos decorrentes de sua posição de escrava.
Por meio de considerações tecidas por seus personagens, percebe-se no autor, uma posição abolicionista.
Nas entrelinhas, o autor deixa expresso seu desconforto em relação às diferenças sociais, tema ainda presente na contemporaneidade, fazendo-nos refletir e aclamar por condutas mais integras.
A Escrava Isaura pode ser considerada um legítimo texto romântico, se levarmos em conta o aspecto plástico e emocional da obra. Porém, se avaliarmos o fundo ideológico e renovador presente no romance, notará que esse livro liga-se mais estreitamente ás causas sociais, visando modificar o senso comum e procurando moldar a identidade nacional.

Palavras-chave: Romantismo, contexto-social, sentimento.

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Conclusão
Ao longo deste podemos conhecer de maneira mais subjetiva uma das obras mais célebres do Romantismo brasileiro. Com base no que foi dito, podemos concluir que a literatura funciona como um importante alicerce na construção da sociedade e que através dela é possível modificar as bases do pensamento humano. Por esse motivo, é necessário ressaltar que a democratização do conhecimento e a melhoria da educação são peças fundamentais para que a literatura seja difundida com mais facilidade e que se torne algo acessível a todos os cidadãos

Referencias Bibliográficas
Literatura-brasilescola
. Disponível em: http://www.brasilescola.com/literatura/a-escrava-isaura.htm

Manual de Literatura
. São Paulo. DCL, 2010.

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Nome: Jéssica Luiz de Carvalho
1º ano, letras.

Romantismo
O Guarani x A escrava Isaura
Resumo: O artigo mostra como foi construído a narrativa Escrava Isaura de Bernardo de Guimarães e O Guarani de José de Alencar. Um romance indianista e outro no começo da História do Brasil.
Palavras-chaves: Romance; O Guarani; A escrava Isaura.
Abstract:
The article shows how the narratives Escrava Isaura By Bernardo de Guimarães O Guarani By josé Alencar were biult. A indianist romance and the other
at the begining of Brazil's history.
Keywords: Romance; O Guarani; A escrava Isaura.

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Em “O Guarani”, de José de Alencar podemos identificar os traços românticos logo no início da narrativa,pois o narrador descreve minuciosamente as características do lugar onde ocorre a história, a floresta, cenário principal junto ao rio Paquequer.
De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal.É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do senhor. Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou quatro léguas acima de sua foz, onde é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade. Aí, o Paquequer lança-se rápido sobre o seu leito, e atravessa as florestas como o tapir, espumando deixando o pêlo esparso pelas pontas do rochedo, e enchendo a solidão com o estampido de sua carreira.De repente, falta-lhe o espaço, foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas forças, e precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa. (ALENCAR 1857, p. 4)
O herói, índio Peri é aquele que tudo pode e que ninguém vence. A grande motivação de Peri é Ceci, sua amada, a qual no começo da narrativa o trata com indiferença, pois índios na sociedade do século XIX não eram nada mais que cachorros, porém, Peri não se importava com o preconceito reinante amando Ceci mesmo que ela atirasse nele mil pedras. O amor de Peri é puro, forte e verdadeiro a ponto de fazer loucuras por sua amada. O herói salva a vida da amada Ceci por diversas vezes,realizando todos os desejos, projetando assim literariamente um amor platônico. Outro aspecto marcante do romantismo presente em O Guarani são os personagens construídos de modo plano. Na história de Alencar, os personagens são bons ou maus. Peri, o herói preocupava-se apenas com Ceci, buscando o seu bem estar. O Guarani apresenta muitas intrigas e triângulos amorosos, Loredano deseja fortemente Ceci, provocando a proteção do amado. Outra intriga narrativa ocorre quando, o filho de Dom Antonio de Mariz mata um índio na floresta e provoca uma guerra entre índios e brancos. O narrador descreve Ceci com muito cuidado para que o leitor perceba o quão angelical se caracteriza a personagem como mulher de pele branca, olhos grandes e azuis. Ao longo da história nas falas de Peri pode-se perceber a pureza e a inocência de Ceci traços do romantismo.Na sociedade projetada ficcionalmente cada personagem ocupa seu lugar, os brancos representam os feudos e os índios são caracterizados como nativos, como homens da floresta.

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Em “A Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães contraponto com “O Guarani” de José de Alencar, a escrava branca, linda, prendada, desejada por todos é a heroína, apesar de sua posição na sociedade não ser considerada. O autor Bernardo Guimarães utiliza flashbacks para que o leitor possa entender o passado dos personagens. O sofrimento da protagonista é sempre descrito projetando o seu anseio de liberdade.
Para mim a tranqüilidade não pode existir senão na sepultura, meu pai. Entre os dois suplícios que me deixam escolher, eu vejo ainda alguma coisa, que me sorri como uma idéia consoladora, um recurso extremo,que Deus reserva para os desgraçados, cujos males são sem remédio. ( GUIMARÃES, 1875)

Este pranto copioso aliviou-a; ergueu a cabeça, enxugou as lágrimas, e pareceu ter recobrado a tranqüilidade, mas uma tranqüilidade gélida, sinistra, sepulcral. Parecia que sua alma se tinha aniquilado sob a violência daquele golpe esmagador, e que de Isaura só restava o fantasma. (GUIMARÃES, 1875)

Seu "dono" Leôncio a quer a todo custo, mesmo sendo casado com uma linda mulher. Assim, o antagonista deseja sexualmente a escrava, pois naquela época as mulheres casadas se dedicavam apenas à família. Isaura conhece o amor, Álvaro, herói da história (assim como Peri em O Guarani). Álvaro se apaixona a primeira vista por Isaura, que lhe esconde um grande segredo, pois era uma escrava fugida e era impedida de viver esse amor. Álvaro, no entanto, descobre que Isaura é escrava e está sendo capturada por seu dono. A trama prossegue com um plano de Álvaro para comprar a carta de alforria de Isaura e libertá-la. O narrador foca toda a história na beleza e na perfeição da heroína. O público leitor feminino, visando reflexões sobre a condição social da mulher na sociedade brasileira do século XIX.



Referências bibliográficas
José de Alencar, O Guarani. http://www.labtecgc.udesc.br
Bernardo Guimarães, A Escrava Isaura. http://www.dominiopublico.gov.br

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Ensaio: (Revisado)
Aluna: Virgiliana Galli
1º Ano- Letras - Univille
Simbologia e Crítica nos romances “O Guarani”, de José de Alencar e em “A escrava Isaura” de Bernardo Guimarães,

Realizando um paralelo entre os dois folhetins em “O Guarani”, de José de Alencar e em “A escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, podemos retirar de ambos, informações da sociedade da época que definem as qualidades dos conceitos políticos, econômicos sociais e étnicos do período.
É notável o preconceito em grande potencial, presente nos folhetins românticos em análise. Cujos detalhes estudados, leva-nos a “desenharmos” o perfil dos personagens das histórias, representados, por muitas figuras simbólicas, sendo que algumas são camufladas em meios aos acontecimentos circunstanciais minuciosamente descritas; objetivando trazer ao leitor, uma interpretação do comportamento social mediante as diferenças sociais existentes a fim de combater preconceitos, despertar para novas ideologias, visando à liberdade total, não somente escravocrata, mas social e democrata. Que certamente ocorreu, gradativamente, conquistando espaço e avançando até aqui, em nossa atualidade.
Em O Guarani, José de Alencar explora as diferenças existentes entre o homem branco e o indígena, no tocante ao que é e o que representa o povo indígena á sociedade dentro do contexto do período. Utiliza-se de analogias que irão fazer um comparativo entre a intenção “pura” do índio e a “má” informação preconcebida do homem branco em relação aos nativos. Nesse ponto, observamos o conceito de ser humano totalmente distorcido; a monopolização e o domínio social em alta, onde o único ser dono de suas vontades centralizava-se na pessoa do patrão - homem branco. As mulheres eram retraídas e anuladas, tinham seus casamentos negociados, a seu coração “não era permitido o amor”, pois afinal, não poderia ficar com quem amava, se esse não fosse o escolhido pelo pai, que receberia o dote. O índio era visto como animal, um ser que não dispunha de muita importância.
“— Ora, Cecília, como queres que se trate um selvagem que tem a pele escura e o sangue
vermelho? Tua mãe não diz que um índio é um animal como um cavalo ou um cão?
Estas últimas palavras foram ditas com uma ironia amarga, que a filha de Antônio de Mariz
compreendeu perfeitamente.”
Eram amaldiçoados por não pertencer á religião dos “brancos”. Ao destacar essa realidade, José de Alencar traz valores praticados pelos povos nativos - aqui representados pelo personagem Perí- os quais distorcem a imagem preconcebida pela maioria. Observa-se que a principal intenção textual é destacar especialmente a questão do preconceito do branco em relação ao indígena.
O amor reprimido é um tema circulante no folhetim romântico, e José de Alencar retrata o amor platônico entre o personagem Perí e Cecí, quebrando um tabu racial: o amor de um índio por uma branca.

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“Ela sonhava que uma das nuvens brancas que passavam pelo céu anilado, rogando a ponta dos rochedos se abria de repente; e um homem vinha cair a seus pés tímido e suplicante.
Sonhava que corava; e um rubor vivo acendia o rosado de suas faces; mas a pouco e pouco esse casto enleio ia se desvanecendo, e acabava num gracioso sorriso que sua alma vinha pousar nos lábios.
Com o seio palpitante, toda trêmula e ao mesmo tempo contente e feliz, abria os olhos; mas
voltava-os com desgosto, porque, em vez do lindo cavalheiro que ela sonhara, via a seus pés um selvagem.”

Um amor soberano e irrealizável. Para Perí não importa se Cecí o corresponde ou não, ele apenas quer amá-la e para isso está preparado para tudo. Se sua morte fosse a prova de seu amor, ele sem receio aceitaria, pois em torno do seu amor, está recheado de crenças e misticismos e deuses que garantem a continuidade do seu amor e realização do mesmo, pois o amor perfeito e pleno perdurará além da vida. Cecí por sua vez, denota uma mulher infantilizada, frenética por suas vontades, que são atendidas prontamente por Perí incessantemente.
“A narrativa de O Guarani é simples, mas não simplista. Trabalhando habilidosamente as possibilidades e contradições do romance romântico, vale-se com muita liberdade da trama novelesca, da coloração épica, do devaneio lírico, da anotação histórica da efabulação mítica e lendária, do ímpeto ideológico nacionalista e de elevada carga simbólica, tudo isso revestido de uma profusão de luzes e cores que invade a pupila do leitor, como se ele estivesse assistindo a um espetáculo grandioso, povoado pelas forças da natureza e por titãs, absorto pela beleza da cena, mais do que pelos pormenores da intriga.”
José de Alencar também trabalha narrativamente a questão da simbologia mística e crenças dos povos indígenas em relação aos deuses, seus conhecimentos em relação à natureza e íntimo relacionamento com ela. Fatores culturais praticadas pelos povos nativos, explicando suas atitudes e diferenças entre o povo cristão da época que os desumanizavam pelas suas diferenças religiosas. Aborda também a questão de liderança e conquista que é culminada por meio da doação de vidas por um amor irrealizável.
“Num momento dos mais heróicos, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce as montanhas e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria todo envenenado. Depois de encarniçada luta, na qual morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão imprimir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro, morto em combate com os aimorés. Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo.”
“José de Alencar se utiliza da linguagem literária para descrever as paisagens brasileiras e explicitar uma idealização do índio como herói brasileiro. É em cima de uma personagem desse contexto que o autor mostra os reflexos da cultura européia no Brasil, uma vez que Peri apresenta todas as características dos heróis da Idade Média. Algumas situações contidas na obra nos levam a perceber que o autor traça um vínculo de amizade e companheirismo entre o fidalgo português e o índio. Isso se

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dá pelo simples fato de a obra representar o mito da nacionalidade brasileira, ou seja, a raça brasileira surge a partir de uma possível união entre o índio e a filha branca do fidalgo português. Desse modo, será possível compreender, em sentido mais amplo, como as relações entre Linguagem e Cultura são abrangentes e acopladas, e como a literatura torna-se um instrumento privilegiado para a façanha de interligar o universo real ao imaginário.”
Em A escrava Isaura de Bernardo de Guimarães, o contexto histórico apresenta questões similares abordadas em O Guarani, de José de Alencar, porém são mais focalizadas as diferenças estabelecidas pelo regime escravocrata em contraste com a “liberdade” da sociedade do período.
A simbologia já está presente na personagem escrava Isaura, pelas características físicas como a pele branca, contraposta a cor da pele dos demais escravos, fazendo uma conjectura relacionada à “escravidão feminina”, ou seja, “escravidão de gênero”, levando o leitor, que em sua maioria, eram mulheres, a refletir sobre sua posição diante a sociedade machista da época, na qual o homem dominava. Assim, o folhetim opera reflexão e posicionamento de libertação, comunicando às leitoras que a liberdade é adquirida mediante a conquista e não pela espera de um direito atribuído pelo outro.
“E também libertá-la para quê? Ela aqui é livre, mais livre do que eu mesma, coitada de mim, que já não tenho gostos na vida nem forças para gozar da liberdade. Quer que eu solte a minha patativa? e se ela transviar-se por aí, e nunca mais acertar com a porta da gaiola?... Não, não, minha filha; enquanto eu for viva, quero tê-la sempre bem pertinho de mim, quero que seja minha, e minha só. Você há de estar dizendo lá consigo - forte egoísmo de velha! - mas também eu já poucos dias terei de vida; o sacrifício não será grande.”
Ao mesmo tempo, Bernardo de Guimarães propõe ao leitor, um pacto envolvendo um sentimento de empatia, relacionando o sofrimento, desejos e sentimento da personagem aos demais escravos, ou mais especificamente, mulheres escravas e “não escravas”, que dispunham de igual capacidade, igual sentimentos, sofrimentos e dores, além de representar a beleza, a inocência o amor. O texto deixa explícitos os desejos carnais dos homens por suas escravas, tratando-as literalmente como objetos de prazer. Considerando suas esposas como santas mulheres e não lhes permitindo-se certos desejos, concretizariam com suas escravas, já que eram elas puramente objetos.
-“ Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é:uma senzala (...)”
“A mulher do comendador considerou aquela tenra e formosa cria como um mimo, que o céu lhe enviava para consolá-la das angústias e dissabores, que tragava em conseqüência dos torpes desmandos de seu devasso marido.”
“Só depois de casado Leôncio, que antes disso poucas e breves estadas fizera na casa paterna, começou a prestar atenção à extrema beleza e às graças incomparáveis de Isaura. Posto que lhe coubesse em sorte uma linda e excelente mulher, ele não se havia casado por amor, sentimento esse a que seu coração até ali parecia absolutamente estranho. Casara-se por especulação, e como sua mulher era moça e bonita, sentira apenas por ela paixão, que se ceva no gozo dos prazeres sensuais, e com eles se extingue. Estava

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reservado à infeliz Isaura fazer vibrar profunda e violentamente naquele coração as fibras que ainda não estavam de todo estragadas pelo atrito da devassidão.”
“(...) Concebeu por ela o mais cego e violento amor, que de dia em dia ia crescendo na razão direta dos sérios e poderosos obstáculos que encontrava, obstáculos a que não estava afeito, e que em vão se esforçava para superar. Mas nem por isso desistia de sua tresloucada empresa, porque em fim de contas, - pensava ele, - Isaura era propriedade sua, e quando nenhum outro meio fosse eficaz, restava-lhe o emprego da violência. Leôncio era um digno herdeiro de todos os maus instintos e da brutal devassidão do comendador.”
Bernardo de Guimarães critica e influencia a critica à política da época e sua dominação, utilizando-se de fantasias, faz conexão com a realidade e o ideal. Enfatiza a beleza, inocência, pureza, o amor, a paixão incondicional conjecturando-se a cruel realidade que a personagem escrava Isaura vivencia. Motiva o leitor a refletir sobre o sofrimento da escravidão diante a um desejo e conquista da liberdade.
Diferentemente do folhetim romântico O Guarani, o amor platônico em A escrava Isaura, não é tão evidente, justamente pelo fato de que apesar de retratar as fantasias românticas e dos sincronismos dos encantos, amor, paixão... É perceptível o desejo físico, a carnalidade que a torna ás relações mais humanas.

Referências – Romances e textos teóricos consultados
http://www.culturatura.com.br/obras/A%20Escrava%20Isaura.pdf
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_guarani
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/o-Guarani-a-Constru%C3%A7%C3%A3o-Mitol%C3%B3gica-Da/302259.html
O Guarani, de José de Alencar. Fonte: ALENCAR, José de. O guarani. 20ª ed., São Paulo: Ática, 1996 (Bom Livro).

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Aluna: Samili Domingos 1º ano letras

Traços folhetinescos em “O Guarani” de José de Alencar e “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães

Resumo: Os primeiros folhetins deram início as radionovelas, foi através do folhetim que as pessoas tiveram um melhor acesso às literaturas da época. Este trabalho visa identificar quais os traços folhetinescos presentes em duas obras: “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães e “O Guarani” de José de Alencar.

Palavras-Chave: Folhetim, Romantismo no Brasil, características.

Abstract:The first serials started the soap operas, was through the feuilleton that people have better access to the literature of the time. This paper aims to identify which traits feuilleton present two works: “A Escrava Isaura”, Bernardo Guimarães e “O Guarani”, José de Alencar

Keywords: Feuilleton, Romanticism in Brazil features.

O romantismo no Brasil se inicia por volta de 1836, o estilo poético originou-s na Alemanha e na Inglaterra e chegou ao nosso país movido pela vinda da família real portuguesa, ato que repercutiu culturalmente de uma forma significativa.
O marco principal do Romantismo é a busca plena dos sentimentos pessoais; e na época, essa busca foi delimitada a uma autenticidade literária brasileira longe de estereótipos advindos de outros países; e foi buscando essa tal identidade que destacam-se grande autores como: José de Alencar, Gonçalves Dias, Castro Alves, entre outros.
O romantismo ressaltou literariamente as grandezas de nossa terra, a nossa majestosa natureza e suas riquezas naturais, questões como igualdade racial, zelo pela honra, qualidades afetivas e morais da mulher brasileira eram temas comuns na estilística.
O analfabetismo era dominante na época, e sendo poucos os que sabiam ler; muitas vezes os textos eram proferidos em voz alta para que muitos tivessem acesso ao que se escrevia. Os livros s eram caros, e no intuito de difundir a leitura, publicavam-se em jornais literaturas denominadas folhetins. Os folhetins, de início eram publicados nos rodapés dos jornais, visando o entretenimentos dos que o liam. Como uma "novela" esse folhetim tinha capítulos e geralmente eram publicados de quinzena em quinzena, cada capítulo deveria instigar a curiosidade do leitor para que comprasse o próximo exemplar para isso a trama deveria ser muito bem "amarrada" e se a trama fosse um sucesso os capítulos desse folhetim eram reunidos e publicados em um livro; era bem uma estratégia de negócio quanto mais bem feita a trama mais jornais eram vendidos e quanto mais exemplares vendidos mais valia tinha o folhetim e posteriormente lançava-se então o livro consagrado pelo sucesso feito nos jornais.
O folhetim por sua vez, possuía algumas características principais identificáveis em “O Guarani” de José de Alencar e “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães.
A Primeira característica do romance folhetim é a tipologia da narrativa que é construídas através de diálogos. Existem três tipos de diálogos e dois deles podem ser claramente encontrados nos textos, são eles:

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(continuação Samili Domingos 1ºano de letras)

1 Discurso Direto: O narrador entrega as falas aos personagens para que conversem entre si:
Ex: "- Meu pai!... meu pai!... - exclamou soluçando. O selvagem deixou cair a cabeça sobre o peito e escondeu o rosto nas mãos. - Morto!.. Minha mãe também morta!... Todos mortos! [...] Cecília ergueu a cabeça altiva. - Por que não me deixaste morrer com os meus?... exclamou ela numa exaltação febril. Pedi-te-eu que me salvasses? Precisava de teus serviços?... [...] Peri estremeceu. - _Escuta, senhora... balbuciou ele em um tom submisso. A menina lançou-lhe um olhar tão imperioso, tão soberano, que o índio emudeceu, e voltando o rosto escondeu as lágrimas que lhe molhavam as faces."

2. Discurso indireto: o narrador permite que a personagem expresse suas opiniões:
Ex: "Meu Deus! que farsa hedionda obrigam-me a representar! _ murmurou Isaura consigo..."

Outro elemento característico da poesia folhetinesca é o suspense que é causado de episódio para episódio. Apesar de não se ter acesso ao jornal em que fora publicado tais obras, sabe-se que eram publicados de capítulo em capítulo e essa estética é preservada dentro dos livros, a cada fim de capítulo é perceptível ao leitor observar os elementos que causam esse suspense, como no trecho abaixo:

“Descrever o mísero estado, em que ficou aquela pobre alma, é empresa em que não me meto; os leitores façam ideia. O cão faminto, iludido pela sombra, largou a carne que tinha entre os dentes, e ficou sem nenhuma nem a outra”
O trecho em questão faz parte da obra a Escrava Isaura, e também representa o fim do capítulo XVIII, o autor quando usa as palavras “'empresa em que não me meto” e “os leitores façam ideia” instigam propriamente para que o leitor recrie a imagem citada e assim sendo ele os faz cobiçar o próximo episódio para que se saiba o fim da trama.
Outro marco para o folhetim é o marco do herói, que em O Guarani é representado pela personagem Peri, e em Escrava Isaura há a heroína que é a própria Isaura e o herói representado pela personagem Álvaro.
O herói nas duas obras apresenta-se como figura doce e ética. No caso de Isaura mesmo sendo uma escrava observamos que sua pele é branca, com isso o autor buscou aproximar a personagem dos leitores e criticar a permanência da escravatura no Brasil. O herói romântico apresenta um gênio superior aos dos outros homens como é o caso de Peri, que profundamente defende a sua senhora Ceci, com amor e zelo, sempre fiel diferente dos que a cercam e que rodeiam sua família.
Há ainda no folhetim o maniqueísmo e observamos isto bem denotado, quando um personagem é bom ele segue essa linhagem até o fim da história, sem apresentar ao leitor nenhuma surpresa e quando mau também é mau até o fim e essa característica é rapidamente perceptível no texto.
Por exemplo em “A Escrava Isaura”, Leôncio desde o princípio é tido como vilão, o mesmo acontece em O Guarani com o personagem Loredano e no fim das duas histórias as personagens mantém seus caracteres como tal.

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(Continuação Samili Domingos 1º ano de letras - Referências)
Referências:
Tufano, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. São Paulo: Moderna, 1985.

Guimarães, Bernardo. A Escrava Isaura. São Paulo: Ática,1991.

http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=129542

http://www.filologia.org.br/ixcnlf/7/12.htm

http://www.joseferreira.com.br/blogs/lingua-portuguesa/2012/marco/o-dialogo-em-textos
-narrativos/

http://www.suapesquisa.com/romantismo/principais_escritores_brasil.htm

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/romantismo-no-brasil-2-caracteristicas-da-prosa-romantica.htm

http://verbobr.blogspot.com.br/2007/06/o-guarani-captulo-xi-eplogo.html
http://www.folhetimonline.com.br/2011/11/28/dicas-melhores-dialogos-entenda-os-3-tipos-de-discurso/

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Aluna: Carolina Inês Gomes

A Escrava Isaura e O Guarani: Literatura de Folhetim
Resumo: A Literatura de Folhetim é publicada de forma parcial em periódicos como revistas e jornais, os capítulos que se encerravam “tinham” que provocar vontade de um próximo no leitor. A narrativa é ágil, e prende a atenção.

Características do folhetim romântico: A Escrava Isaura e O Guarani.
A Escrava Isaura e O Guarani são folhetins românticos marcados pela projeção idealizada do amor e pela crença no amor puro e a identificação do mocinho como sendo herói.
Em O Guarani, por exemplo, Peri, herói indígena, enfrenta tudo para poder ter seu amor, é dado como um homem forte, de boa índole, inocente e apaixonado. Uma cena de destaque ocorre quando Peri arranca uma palmeira para se salvar de uma enchente e salvar seu amor.
Isaura, a heroína de A escrava Isaura, é uma personagem marcada pela beleza e inteligência, realiza seus trabalhos com cuidado e qualidade, invejada pelas demais personagens mulheres e desejada pelos homens. Sofreu com as investidas do patrão, e mesmo assim se fez forte para negar um marido arranjado e poder ser feliz com quem realmente queria.
O folhetim romântico mostra que com o amor tudo pode, e que venceria qualquer obstáculo. Outra característica que marca o folhetim romântico é a possibilidade de se ter diversas tramas e opções de enredo. Além de retratar emoções e das classes sociais.
Como em O Guarani, a realidade das diferentes classes sociais vivida por Peri e Cecília.
Ele um selvagem, sem estudos e ela uma linda moça da alta sociedade.
Ou ainda em A Escrava Isaura, sendo Isaura com todas as suas qualidades ainda tratada como escrava e Álvaro um homem rico e bem sucedido.
Nos folhetins, também poderiam ser observados assuntos sérios, como política, ou até assuntos de menor importância para a sociedade. O folhetim não tinha a pretensão de registrar a verdade, mas sim de chegar próximo a ela ao falar da vida cotidiana, o que despertava o interesse pela leitura até mesmo das classes sociais mais inferiores. O que fez tornar o folhetim um sucesso para a época.

Referências: wikipedia.org/wiki/Folhetim
blogdogutemberg.blogspot.com.br/2006/10/folhetim-completa-170-anos-de.html

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As faces e os atos do folhetim: caracteristicas e semelhanças do folhetim romântico

As obras “O Guarani” de José de Alencar e “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães foram publicadas em folhetins em meados do século XIX em jornais populares. Já era costume no Brasil do século XIX romances em folhetins, mas eram apenas traduções de grandes romances como Ivanhoé de Walter Scott e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.
Os primeiros romances surgiram por volta de 1940, um dos grandes títulos dessa época foi Memórias de um Sargento de Milícia, que conta de Leonardo, um menino abandonado pelos pais e criado pelos padrinhos, que tentam encaixá-lo em alguma profissão digna, mas o garoto cresce rebelde, apaixona-se, e acaba preso por confusão diversas vezes. O enredo da obra é uma critica a vida de todos os civis da época de Dom João VI.
As histórias até então surgidas em folhetins, eram apreciadas pelos leitores diariamente, mas ainda não impressionavam nem empolgavam. Os leitores gostavam de historias de aventuras, aventuras românticas. Durante três meses de 1957, “O Guarani” de José de Alencar fora publicado em um jornal do Rio de Janeiro. Os leitores aguardaram ansiosamente cada novo capítulo, e antes mesmo da publicação do último capítulo, O Guarani já tinha seu sucesso garantido. Três décadas mais tarde, outro grande romance era publicado; “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, assim como O Guarani, o romance da escrava foi publica em folhetins, empolgando os leitores, que cortejavam demasiadamente cada capítulo, pois descrevia a história de uma escrava branca, em pleno período abolicionista.
José de Alencar construiu personagens românticos e nativos em “O Guarani”. O índio Peri é a imagem símbolo do guerreiro, do homem forte, corajoso, leal e nobre, disposto a tudo para proteger a doce e bela Ceci. Nesta personagem, José de Alencar cola os mais belos elementos românticos “um anjo loiro de olhos azuis, representando a divindade da terra”. Sua inocência era o motivo dos grandes duelos entre Álvaro e Peri. O narrador descreve as matas fluminenses da época, os valores e as riquezas da pátria, que até então eram tão pouco conhecidas pelo público – fato que prendia o leitor a cada trecho, onde o cenário e sua natureza eram imensamente bem descritos.
Escrita alguns anos mais tarde, a obra de Bernardo Guimarães possui personagens semelhantes – mas não idêntico, nem copiados ou inspirados, apenas características - aos criados por José de Alencar. Em Isaura, Bernardo Guimarães descreve uma jovem, virgem, pura e inocente aliciada por um mal feitor (Leôncio) assim como Ceci. Também descreve um personagem nobre e de bom coração disposto a colaborar com a heroína, este é Álvaro, um cavalheiro completo, com uma boa fortuna e um caráter divino, disposto a comprar Isaura e livrar-se das mãos de Leôncio. Este cavalheiro impecável assemelha-se com o bravo Peri, protetor de Ceci. A história é narrada longe dos centros urbanos , habituais daquela época. Tudo se passa em uma pequena fazenda no interior, onde a maior parte dos escravos viviam.
Ambas as obras foram são narradas em épocas ricas e criticas da nossa história. O Guarani é narrado em 1604, época em que o Brasil estava sendo colonizado Portugal, que estava sobre domínios da Espanha. A história do romance fora construída antes do seu tempo, o próprio autor afirma que seus personagens são todos históricos. A Escrava Isaura já foi narrada em um período contemporâneo, e muito mais polêmico: a época da escravidão, demonstrando uma ousadia da parte do autor em publicar uma obra de denúncia em pleno período escravocrata.

Referência bibliograficas:

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_guarani

http://www.infopedia.pt/$folhetim

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/a/a_escrava_isaura




Willian Brendon Klopass Locks de Godoi - Letras 1º ano

Anonymous said...

Fabiana Gonzaga Dos Santos
1º Letras
O teatro romântico, investigações em “O Noviço”, de Martins Pena e “Plebiscito”, de Arthur de Azevedo.

Palavras-chave: Teatro, Plebiscito, O Noviço.

Abstract: The article analysis of some trait the romantic comedy of manners in the Plebiscite, Noviço de Martins Pena and Plebiscito, de Arthur

Theatre, O Noviço e Plebiscito


O teatro trata de humanidades, se mostra como uma arte híbrida , representando a história em formas cênicas.
No período colonial a arte do teatro ganhou destaque no Brasil para fortificar a um ritual para agradecimento ou um luto, revolucionar seus problemas diários ,e com o passar do tempo o teatro foi evoluindo gradativamente As obras “O Plebiscito”, de Arthur Azevedo e “O Noviço”, de Martins Pena representam a ascensão do teatro em nosso país no período romântico.
No Brasil o teatro ganhava forças com os exemplos da Europa ,porque isso era sinônimo de status para a elite .
Martins Pena insere no teatro brasileiro os problemas do cotidiano, famílias amigos em comédia de forma mais leve e engraçada, o triste se torna agradável perante seu trabalho intensificam.

Em “O Plebiscito” de Arthur Azevedo,a cena se passa com uma família em um jantar ,e um dos membros da família o filho do casal pergunta a seu pai o que é plebiscito,seu pai na hora ficou sem resposta foi arrogante ,e não sanou a indagação do seu filho,ali podemos ver que a hipocrisia do pai no momento em que o filho perguntou.Ele simplesmente poderia dizer,só um minuto filho o pai irá ver o significado,isso mostraria humildade, podemos ver que o machismo e autoridade dele é bem claro quando sua esposa diz que ele não sabe o significado da tal palavra.
A obra tem características do teatro romântico.
Depois de toda a prepotência do pai,a família volta aos sua normalidade.

Referências Bibliográficas

http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MartinsPena/onovico.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artur-azevedo/plebiscito.php

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Tatiane Cristina Serpa
Letras 1º ano

O FOLHETIM ROMÂNTICO: UM DIÁLOGO ENTRE AS OBRAS O GUARANI, DE JOSÉ DE ALENCAR E A ESCRAVA ISAURA, DE BERNARDO GUIMARÃES. E SEUS TRAÇOS IDENTIFICADORES

Resumo: O folhetim é um subgênero do romance, publicado em capítulos sequenciais em periódicos e possuidor de uma narrativa ágil com o intuito de prender a atenção do leitor. Além dessas duas principais características, o folhetim romântico possui outros traços identificadores que serão revelados nas obras em analise” A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães e “O Guarani” de José de Alencar.

Palavras-chave: Folhetim, características, A Escrava Isaura de Bernardo Guimarães e O Guarani de José de Alencar.

Asbtract: The romantic feuilleton is a novel’s sub-genre. In form shares, sequenced and peridiocally and possessed of a quik narrative with intention to hold the attention of the reader. Besides these two main features, the romantic feuilleton have other
Identifying that features revealing in the works that will be on analysis A Escrava Isaura of Bernardo Gumarães and O Guarani of José de Alencar.

Keywords: Folhetim, features, The Slave Isaura Bernando of Guimarães The Guarani and José de Alencar.

O romance folhetinesco foi publicado inicialmente na França no início do século XIX e transplantado para o Brasil na metade do século XIX, onde obteve um enorme sucesso . O folhetim romântico era publicado no Brasil por meio dos jornais que circulavam na época. Neste trabalho serão identificadas as características do romance folhetinesco, traçando um dialogo estilístico entre a obra de José de Alencar, “O Guarani “e a obra de Bernardo Guimarães, “A Escrava Isaura”.

Anonymous said...

continuação...
O romance “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães produzido em plena campanha abolicionista favoreceu a popularização do romancista Bernardo Guimarães porque exibiu de forma sutil o manifesto abolicionista executado muitas vezes na fala de Álvaro, o herói idealista. Pode-se observar através da o discurso abolicionista em diversos trechos da obra.

“Escrava tu!... não és nunca foste e nunca serás. Pode acaso a tirania do homem ou da sociedade inteira transformar em um entre vil, e votar à escravidão aquela que das mães de Deus saiu um anjo digno de respeito e adoração a todos¿”

Alencar por suas vez, produziu um romance indianista, tendo como herói Perí , índio o selvagem em processo de aculturação e Cecília a garota casta. O herói indianista assim como Álvaro na obra de Guimarães, foi idealizado através do seu valor estético transmitido no decorrer da obra.

“O índio respeitava a Álvaro, não por sua causa, mas por Cicília a quem ele amava; qualquer desgraça que sucedesse ao cavalheiro tornaria a senhora triste; e isto bastava pra que a pessoa do moço fosse sagrada, como tudo que pertencia à menina.”

A tríade é exibida em ambas as obras. Em “O Guarani” essa característica foi vivenciada pelos personagens: Peri, protagonista indianista, ou seja o herói a trama, Cecília a protagonista e o antagonista o ex frade Loredano . Em outro momento na obra de Guimarães, A escrava Isaura, na qual, Isaura é a protagonista idealizada , Álvaro o heróis e Leôncio o antagonista também possui como característica a tríade. A tessitura dos textos evidencia uma outra característica marcante do folhetim , a ausência de subtítulos devido a aceitação do publico diante o enredo. O folhetim seguia um trajeto com o intuído de agradar a maioria (mulheres) dos leitores, essa estratégia exigia do escritor uma investigação continua durante a produção e a leitura de sua obra, esse fator tornava dispensável a existência de subtítulos. Por fim o romance indianista “O Guarani”, assim como “A escrava Isaura” com sua mini série, devia a sua popularização sofreu uma adaptação para a Ópera, um fato curioso e de pouco conhecimento, já que a Ópera não trata de uma arte popular no Brasil. Todos os traços descritos são características próprias do romance folhetinesco.

REFERÊNCIAS:

APARECIDA, Diene et al.A visão do índio brasileiro na obra “O Guarani” de José de Alencar.Disponível em:

ALENCAR, José de. O Guarani. Rio de Janeiro: Garnier, 1864

GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura.Sâo Paulo: 27. ed. São Paulo: Editora Ática, 1998.

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O teatro romântico análise de: “Plebiscito”, de Arthur Azevedo e “O Noviço”, de Martins Pena

Resumo: O artigo apresenta características do teatro romântico encontradas nas peças: “Plebiscito” e “O Noviço”.

Palavras-chave: Teatro romântico, crítica, idealização

O teatro romântico repousa na tradição da tragédia e da comédia clássica, e opera modificações, pois nesse teatro o histórico e o lendário se confundem, os interesses nacionais e políticos são atingidos em múltiplas variedades. Através da criação dramática e da atmosfera histórica gera-se a “ilusão perfeita”, a verdade moral é enfatizada, desvalorizando a verdade histórica e as paixões se intensificam.
Em “Plebiscito” de Arthur Azevedo, a cena acontece ao redor de uma família, onde o menino folheando o jornal, pergunta ao pai o significado da palavra “plebiscito”, porém o pai não sabe e enrola o filho para não transparecer sua ignorância, nesse ponto é possível perceber a crítica à hipocrisia da hierarquia da família brasileira naquele tempo, onde entra a verdade moral e é desvalorizada a verdade histórica. Percebe-se também o machismo e a arrogância do pai de família, quando sua mulher fala que este não sabe o significado da palavra, ele, no entanto, protesta e mostra seu autoritarismo. Também se percebe o contraste entre o filho e o pai, pois o filho é curioso procura saber e, portanto, acaba adquirindo conhecimento e seu pai, que não sabe responder a pergunta do filho, se passa por ignorante. O drama romântico tem por marca o contraste. “Plebiscito” tem traços do teatro romântico, pois ao final a mulher faz as pazes com o marido e tudo acaba bem.
Já em “O Noviço”, de Martins Pena, o ambiente familiar é mantido, mas a peça constrói múltiplos conflitos. Ambrósio é um sujeito astuto, tenta se casar com Florência, uma viúva rica mãe de Emília e Juca, e também tutora de Carlos (O Noviço). Ambrósio tenta fazer com que Florência mande sua filha para o convento afim de que ela não se case, para não herdar o dote da mãe e também mande Carlos vai para o convento e Juca estava sendo preparado também para a missão religiosa. Os traços do teatro romântico são percebidos nessa peça, devido a Carlos ser o herói, pois ele é apaixonado por Emília sua prima, que por sua vez também morre de amores por este. O herói que já tem perfil para a vida militar, foge do convento para seguir a carreira militar e se casar com Emília. O desejo de liberdade de Carlos mobiliza-o para descobrir as tramas de Ambrósio desencadeando novos conflitos, assim entre enganados e enganadores, a trama expõe o jogo social entre os fortes e os fracos. E o traço mais marcante do romantismo acontece no final, onde o herói castiga o vilão, salva a mocinha indefesa e terminam juntos, no entanto a peça apresenta um tom social devido às denúncias e o humor dos personagens que fogem ao comportamento convencional do romantismo.

Mariza Carolina Menegaro
1º ano - Letras

Referências Bibliográficas

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/o_novico
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MartinsPena/onovico.htm

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Nome: Zilda Cristine Modesto Padilha

FOLHETIM ROMÂNTICO

Resumo: O romance visa uma representação total da vida, o herói é um individuo e o destino uma biografia, entre o herói e a comunidade existe uma relativa relação , que veremos na análise dos livros de José Alencar e Bernardo Guimarães. No início os romances eram publicados em formas fragmentadas tendo cada dia um novo pedaço da história, e esse estilo de publicação ficou conhecido como folhetim, que veremos quais são seus traços identificadores nas obras de José Alencar “ O Guarani” e Bernardo Guimarães “ Escrava Isaura”.

Palavras-chave: Folhetim, romance

Abstract: The novel seeks a full representation of life, the hero is an individual biography and destiny, between the hero and the community there is a relative relationship, we will see in the analysis of the books of José Alencar and Bernardo Guimarães. In early novels were published in fragmented forms and each day a new piece of history, and this style became known as serial publication, we'll see what their identifying features in the works of José Alencar "O Guarani" and Bernardo Guimarães "Slave Isaura ".

Keywords: Feuilleton, romanticism.

A publicação de romances em folhetins já era comum no Brasil desde a década de 1830. Os primeiros romances brasileiros foram um sucesso, publicados em folhetim, e não deixavam de ser considerados, pelos literatos “sérios”, como “uma leitura agradável, O romance, esse gênero literário novo na época , que foi introduzido na literatura brasileira por autores como Joaquim Manuel de Macedo e Teixeira e Sousa, ganhou status de literatura "séria" com a obra de José de Alencar.
José Alencar construía o romance brasileiro, a partir de um projeto que abrangesse a totalidade da nação, tanto na sua diversidade física-geográfica quanto em seus aspectos sócio-culturais; tanto em suas origens, históricas gloriosas quanto nos mitos dos heróis fundadores da nacionalidade, e essas características são demonstradas no folhetim “ O Guarani “
Os folhetins “ O Guarani”, de José de Alencar, e “ Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães, tem em comum os traços identificadores do romantismo, do folhetim romântico ,é perceptível pois ambas as obras foram publicadas em capítulos em periódicos da época. Possuem também mensagens sentimentais e libertadoras, um exemplo disso é a paixão de Ceci e Peri um índio considerado um selvagem naquela época que demonstrava seu amor por Ceci ,uma moça branca católica. Já, Isaura uma escrava branca adotada por um fazendeiro que a trata como filha depois da morte de sua mãe. Leôncio filho do fazendeiro começa a se interessas por Isaura e após a morte de seu pai começa a desejá-la no decorrer da história fugindo das perseguições de Leôncio Isaura conhece Álvaro , por quem se apaixona e que final depois de tantos conflitos Isaura e preconceitos consegue casar com o seu amado Álvaro que vai atrás dela . Assim, o romance de Bernardo Guimarães que atinge principalmente o público feminino ,mostra um outro lado da mulher que naquela época não era permitido, ter suas próprias escolhas, por exemplo em não poder escolher seu próprio marido ou sair sem ser acompanhada , e com esse romance Bernardo Guimarães coloca explicito os preconceitos, demonstrando que a mulher pode se libertar. Através do folhetim da Escrava Isaura , quando Isaura rejeita a casar com Belchior , homem deformado fisicamente, mostra que a mulher tem opinião própria o direito de escolha e que deve usá-la, mas naquela época não era aceito, outro ponto que mostra que induz as mulheres a começarem a pensar sobre ser tão submissas é quando Isaura prefere fazer o trabalho duro ir para senzala , do que se entregar a Leôncio.

Anonymous said...

Em ambos os folhetins tanto Peri quanto Álvaro são de bom caráter , bonitos, tratam bem sua amada fazem de tudo por ela, lutando ou as idolatrando, enfim são personagens que a maioria das mulheres gostariam de ter na vida real caracterizando assim os folhetins românticos.


Referências bibliográficas

http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Romantismo/Bernardo%20Guimaraes_resumo_e_analise_de_A_Escrava_Isaura.htm
http://www.soliteratura.com.br/romantismo/
http://educaterra.terra.com.br/literatura/temadomes/temadomes_romanceromantico_5.htm

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Nome: Evelin Thaiara Stenghen
1º ano Letras

Características românticas em “O Guarani – de Jose de Alencar” e “A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães”

Resumo: Este artigo busca apresentar as características do folhetim romântico apresentadas nas obras “O Guarani” de José de Alencar e “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães.

Abstract: This article seeks to show the romantic feuilleton characteristic submitted in the works “O Guarani” by José de Alencar and “A Escrava Isaura” by Bernardo Guimarães.

Palavras Chaves: Folhetim, Romantismo, O Guarani, A Escrava Isaura

Observa–se em “O Guarani” de José de Alencar muitas características do romance romântico, inicialmente pelo fato de ter sido publicado em folhetim. Outras características românticas de “O Guarani” são a intensa descrição do cenário onde se passa a história, assim como a descrição detalhada de cada personagem com traços marcantes e simbólicos para a época e que deixam à mostra a personalidade de cada um. As personalidades marcantes e sempre presentes nos romances contam com, primeiramente o herói que em “O Guarani” por ser um romance indianista, o herói é Peri, um índio independente e destemido, fascinado pela beleza de sua senhora Ceci, a quem salvou a vida mais de uma vez. O triângulo amoroso é marcado pelo vilão, Loredano, que também é fascinado por Ceci, porém suas intenções são bem diferentes da de Peri, ao invés de cuidar e proteger Ceci, Loredano pretende sequestrá-la e matar sua família. Além do herói e do vilão o romance romântico apresenta também a heroína que em O guarani é vivido por Ceci. O narrador descreve-a de modo idealizado, como sendo perfeita. Ceci ainda tem seu amor disputado por três homens, o primeiro é Peri que lhe devota amor e adoração, o segundo é Loredano que a deseja carnalmente e também Álvaro que a amava platonicamente.
Em “O guarani” além de amor, aventura e vilania são apresentadas a vitória do bem sobre o mal e muitas tramas e conflitos, por ter sido publicado em folhetins.
O Guarani é apresentado como um romance indianista por ser um índio o herói, o que José de Alencar e pela mistura de duas raças, índio e branco português, idealizando assim a origem da etnia do povo Brasileiro.

Em a “Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães as características românticas encontradas não diferem muito das encontradas em “O Guarani”, pois essa história também foi publicada em folhetim e no mesmo período literário. A heroína, Isaura, escrava branca e educada. A história apresenta conflitos sociais decorrentes de uma sociedade escravocrata. Isaura vive literariamente conflitos com o Leôncio, o vilão, para ficar finalmente com seu amado Álvaro. Em “O Guarani” e em “A Escrava Isaura” há o triunfo do bem sobre o mal. Bernardo Guimarães opera uma crítica à condição da mulher brasileira do século XIX e a escravidão, para que a partir dessa reflexão as mulheres leitoras percebessem a necessidade de lutar pelos seus direitos e conquistarem outros espaços na sociedade.

REFERÊNCIAS: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/523261
http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=27821
http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=129542
http://pt.wikipedia.org/wiki/Folhetim

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Aluna: Jaqueline Rocha de Leão

“A Escrava Isaura” e “O Guarani”: folhetins românticos

O folhetim, gênero francês, foi implantado no Brasil na metade do século XIX, eram publicados em capítulos em periódicos. O folhetim visava prender a atenção do leitor, fazendo com que o mesmo esperasse a próxima edição para acompanhar a história.
O romance “A Escrava Isaura” (1875), do autor Bernardo Guimarães, escrito no período do abolicionismo, tem como heroína a escrava Isaura e faz uma crítica à sociedade da época e à escravidão. Conta a história de uma escrava branca filha de uma escrava e de um português, que após a morte de sua mãe acabou sendo criada por senhores. Isaura teve uma educação refinada de uma mulher europeia e quem a visse não perceberia que era uma escrava. Imaginemos a figura de Isaura, branca de dotes diversos, bonita, e outras qualificações a mais. Isaura era uma escrava que mesmo tendo uma educação sofisticada era colocada num mesmo nível das mulheres brancas da época. É exatamente aí que Bernardo Guimarães faz uma crítica: as mulheres da época também eram escravas, tanto da sociedade em geral como dos seus maridos especificamente. Isaura era moldada como uma heroína romântica e através do conflito da narrativa pôde-se observar a presença do viés sociológico. Bem, mal, justiça, injustiça, pureza e vícios, é o retrato de Isaura e Leôncio respectivamente.

Anonymous said...

Outro exemplo de narrativa publicada em folhetim é o romance indianista “O Guarani” do autor José de Alencar, de 1857, foi responsável pela construção da identidade nacional e da imagem idealizada do índio. A história ocorre no Rio de Janeiro, no ano de 1604, e trata do amor de um índio, Peri, por uma filha de um fidalgo português, Ceci. O romance estabelece um olhar sobre a realidade brasileira, e constrói a imagem do índio-herói dando a ele um significado oposto ao dos selvagens, representados até então na literatura brasileira. O país lutava pela independência de Portugal no período e o herói indígena valorizava a nossa identidade. A partir daí, Alencar toma o papel de construir textos com essa finalidade buscando diferenciar a nossa escrita, porém atuando nos moldes do Romantismo europeu. Interpreta a nossa identidade como uma nação que reflete valores europeus, porém o índio representa o bom selvagem, valente, e de coração puro.
Enfim os dois folhetins tiveram o papel de servir como entretenimento da classe média nascente, participando e construindo uma identidade mestiça. Os dois textos seduzem o leitor a cada descoberta, e criam possibilidade identificação com os personagens e com o contexto histórico em questão, porque evidenciavam a sociedade, os costumes, as diferenças culturais, a ponto de serem reproduzidos nas telenovelas da atualidade, pois atualizam o cotidiano na ficção. Assim sendo, caracterizam a escrita brasileira, e propiciaram a libertação das letras, rompendo as amarras portuguesas e demonstrando a nossa capacidade de escrever com o sangue brasileiro nas veias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
TINHORÃO, José Ramos. Os Romances em Folhetins no Brasil: 1830 à atualidade.
São Paulo: Duas Cidades, 1994http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=129542
http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=142134
ALENCAR, José de. O guarani. 20ª ed., São Paulo: Ática, 1996 (Bom Livro).
GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura. São Paulo: Martin Claret, 1998.

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Aluno: Jeferson Luis da Silva
1 Ano de Letras

A natureza, o amor e a mulher: características do romantismo


Duas grandes obras do romance brasileiro, “O Guarani”, de José de Alencar e “Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, foram publicadas inicialmente em folhetins, em jornais para entretenimento do povo e posteriormente foram publicadas em livro.
O folhetim “O Guarani”, de José de Alencar apresenta imagens poderosas, que se impõem, sobretudo por seu caráter plástico. Alencar se mostra um grande escritor, um grande artista da palavra, ele mostra que o folhetim tem uma historia simples, mas não simplista. “O Guarani” tem um forte traço romântico, pois o herói Peri tem características românticas, apresenta marcas positivas em relação aos outros personagens que o cercam.
Em a “Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães, o folhetim tem muitas características românticas como, por exemplo, o homem conquista a sua liberdade para sonhar e sentir. Guimarães faz renascer o herói capaz de enfrentar tudo. O escritor romântico idealiza a sociedade, o homem, o amor. Quando entra em contato com seus sentimentos mais íntimos, emerge o lirismo. A natureza, o amor, a mulher, a religião são exaltados em toda a sua plenitude. A linguagem torna-se mais simples, mais comunicativa.
Alencar e Guimarães, dois grandes escritores que escreveram seus trabalhos em folhetins e depois tiveram suas obras transcritas para livros deixaram marcas na literatura da vida e dos valores que circulavam no cotidiano do século XIX.


Referências bibliográficas:

http://www.algosobre.com.br/resumos-literarios/o-guarani.html

http://www.mundoeducacao.com.br/literatura/romantismo-no-brasil.htm

http://www.algosobre.com.br/resumos-literarios/a-escrava-isaura.html

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Universidade da Região de Joinville – Univille
Academico: Norberto Cezar Corrêa Júnior
1º Letras

SEMELHANÇAS ENTRE “A ESCRAVA ISAURA” E “O GUARANI”

O folhetim de Bernardo Guimarães, “A Escrava Isaura”, é uma narrativa, na qual a heroína é uma escrava branca que consegue casar com Álvaro, homem da sociedade, após inúmeros conflitos e preconceitos. O romance mostra o lado da mulher do século XIX , que não tinha domínio sobre suas escolhas e vivia sob o domínio do marido.
O folhetim, mostra Isaura rejeitando um casamento com Belchior, homem deformado e também demonstra que a mulher tem opinião própria e que pode usá-la apesar das dificuldades de aceitação. Outro ponto significativo a ser considerado é a indução às leitoras mulheres a pensar sobre sua submissão ao expor ficcionalmente situações vividas pela personagem Isaura que preferia fazer trabalhos árduos e ir para senzala, do que prestar favores amorosos a Leôncio, seu dono.
E já, o folhetim “O Guarani”, de José de Alencar, se articula a partir de alguns fatos:como a devoção e fidelidade de Peri, índio goitacá e Cecília, bem como, aborda o amor de Isabel por Álvaro, que por sua vez ama Cecília, criando assim um triângulo amoroso. A morte acidental de uma índia aimoré por D. Diogo e a consequente revolta e ataque dos aimorés, ativam os conflitos entre brancos e índios. Estes fatos associados a uma rebelião dos homens de D. Antônio, liderados pelo ex-frei Loredano, homem ambicioso e mau-caráter, que deseja saquear a casa e raptar Cecília, tornam a narrativa um emaranhado de conflitos. Álvaro se machuca na batalha contra os aimorés e Isabel vendo o corpo do amado tenta se matar asfixiada para permanecer junto ao seu corpo, morrem juntos, cena que reforça o amor absoluto vigente no romantismo. Durante o ataque, D. Antônio, ao perceber que não havia mais condições de resistir, incumbe a Peri salvar sua filha, Cecília, após tê-lo batizado como cristão. Nas últimas cenas, após a destruição da guerra, Peri parte com Ceci, restando apenas os dois heróis e lendariamente tornam-se o primeiro casal brasileiro.
Durante dias Peri e Cecília rumam para destino desconhecido e são surpreendidos por uma forte tempestade, que se transforma em dilúvio. Abrigados no topo de uma palmeira, Cecília espera a morte chegar, mas Peri conta uma lenda indígena, segundo a qual Tamandaré e sua esposa se salvaram de um dilúvio abrigando-se na copa de uma palmeira desprendida da terra e alimentando-se de seus frutos. Ao término da enchente, Tamandaré e a esposa descem e povoam a Terra. As águas sobem, Cecília se desespera. Peri com uma grande força arranca uma palmeira e faz dela uma canoa para poderem continuar navegando pelo rio, portanto a lenda de Tamandaré é renovada no romance com Peri e Cecília, dando início à população brasileira.

CONCLUSÃO
Os dois folhetins mostram heróis de bom caráter, elegantes e heroínas graciosas, personagens que arrancam suspiros de leitores e assim mostram uma realidade idealizada ou lendária para entreter os leitores.

REFERENCIAS

• Guimarães, Bernardo. A Escrava Isaura. São Paulo: Ática,1991.
• http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artur-azevedo/plebiscito.php
• ALENCAR, José de. O Guarani. Rio de Janeiro: Garnier, 1864
• GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura.Sâo Paulo: 27. ed. São Paulo: Editora Ática, 1998.

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Aluna: Letícia Danner da Costa

O teatro no romantismo: relações entre “O Noviço” e “Plebiscito”

No Brasil, o período romântico deve ser compreendido pela necessidade de criar uma literatura que traduzisse a realidade brasileira. “O Noviço”, de Martins Pena, é uma comédia romântica que explora de maneira interessante o maniqueísmo típico desse estilo literário: na dualidade entre enganados e enganadores, entre fracos e fortes, enfim, entre o bem e o mal, há uma união do primeiro pólo - o pólo dos enganados, dos fracos, do bem - que assim se reforça e consegue vencer o segundo: o pólo dos enganadores, dos fortes, do mal, um grande marco que é o contraste no teatro romântico.
A obra se caracteriza pelo maniqueísmo (uma filosofia que divide o bem e o mal), e finaliza com "happy end". A temática valoriza a liberdade e a cor local nos hábitos e costumes. Martins Pena conservou todos esses aspectos morais. Mas existem alguns elementos nesta peça que não se ajustam ao romantismo, como por exemplo, a denúncia social que se dá por meio do humor, da sátira e das caricaturas, e o comportamento pouco convencional, em termos de heroísmo romântico, de seu herói, que se adéqua basicamente ao teatro romântico.
Outro autor que usa das caricaturas é Arthur de Azevedo. Que em seus contos apresenta uma galeria impressionante de tipos caricaturescos, com eles o autor faz uma crítica irônica da sociedade de seu tempo. Em vários de seus contos, Artur Azevedo dedicou-se a fazer sátiras ao espírito sonhador e sentimental da literatura romântica. Vários contos de Artur Azevedo apresentam sátiras contundentes ao sentimentalismo sonhador dos românticos
Um dos contos mais conhecidos de Artur Azevedo é “Plebiscito”. A cena passa-se em 1890, quando se discutia nos jornais a necessidade de realizar um plebiscito para validar o regime republicano. mas o tema do conto ultrapassa a situação histórica. Trata-se, antes, do retrato caricatural do patriarca que não pode admitir desconhecer o significado de uma palavra. O Sr. Rodrigues representa a caricatura do pai e da família que quer parecer “saber tudo” e na realidade não sabe. Dentro deste contexto, o autor propõe a discussão de problemas de sua sociedade, como a rigidez do modelo de família patriarcal.

Anonymous said...

Aluna: Tamara Ferreira dos Santos

Análise do Romance Escrava Isaura de Bernardo Guimarães – Ensaio –

O gênero literário Romance teve início entre os séculos XI e XII. O romance possui uma narrativa marcadamente culta, na qual a prosa mescla-se com o verso. Mas é no século XVII que o romance passa a ter uma proliferação extraordinária. O romance barroco, semelhante ao romance medieval caracteriza-se pela imaginação exuberante, pelo excesso de aventuras excepcionais e inverossímeis, como náufragos, duelos, raptos, aparições de monstros, etc.
Umas das obras que há muito marcou o romance é a obra de Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, nascido em Ouro Preto,em 15 de agosto de 1825 — 10 de março de 1884) foi um romancista e poeta brasileiro, conhecido por ter escrito o livro “A Escrava Isaura”. “A Escrava Isaura” foi escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso. O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. A intenção do autor ao escrever a obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro. A obra busca principalmente achar a atenção das mulheres da época, querendo demonstrar que elas são tão escravas quanto Isaura. A escrava branca é tratada como uma filha por sua senhora, e por isso é muito cobiçada por Leôncio; pois além de possuir dotes como canto, refinamento, fala francês, sabe ler, é bela. Bernardo Guimarães faz questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço africano, era educada e nada havia nela que "denunciasse a abjeção do escravo". O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória — contar as agruras da escravidão criando uma escrava branca — talvez seja melhor compreendido se levar em conta que a maior parte do público que consumia romances na época era composto por mulheres da sociedade, que apreciavam as histórias de amor. Some-se a isso o modelo de beleza feminino de então, caracterizado pela pele nívea e maçãs rosadas do rosto e, principalmente, o objetivo do autor de conquistar a solidariedade do leitor pela escrava, mostrando a que ponto extremo poderia chegar o regime escravocrata: “fisicamente, Isaura não é diferente das damas da sociedade, mas, por ser escrava, é obrigada a viver como os de sua classe, como objeto útil nas mãos de seu senhor”.

Anonymous said...

continuação...

Mas além de se tratar de um romance, o autor busca fazer uma sucinta critica a sociedade escravocrata, trazendo o personagem vivamente abolicionista Álvaro que ao colocar os olhos em Isaura se apaixona, e mesmo ao descobrir que ela é uma escrava, tudo o que busca é libertá-la. Como citado acima, a literatura não busca somente manifestações abolicionistas, é obra de muita importância, pelo modo sentimental como focalizou o problema, atingindo principalmente o público feminino, que encontrava na literatura de ficção derivativo e caminho de fuga, numa sociedade em que a mulher só saía à rua acompanhada e em dias pré-estabelecidos; o mais do tempo ficava retida em casa, sem trabalho obrigatório, bordando, cosendo, ouvindo e falando mexericos, isto é, enredos e intrigas, como se dizia no tempo e ainda se diz neste romance. O autor claramente conseguiu o que queria, obteve sucesso com o publico alvo que eram as moças da época, criando espaços de reflexão sobre suas próprias vidas. O folhetim discute pontos de vista sobre a situação da mulher no casamento. Em meados do século XIX, a sociedade que tanto se apiedou das desventuras de Isaura, aceitou-a porque ela era branca e educada. O autor pôde, assim, demonstrar, através do sofrimento da heroína, o quanto "é vã e ridícula toda a distinção que provém do nascimento e da riqueza". Todo o folhetim trabalha em torno da típica estrutura do romance romântico, ressaltando a idealização, personagens com característica lineares e também com o típico triângulo amoroso, assim como a tríade (a mocinha, o herói e o vilão).

Anonymous said...

Juliana Stolf – 1º ano de Letras

Literatura Romântica Cruzada – O guarani e A escrava Isaura

O herói romântico encontra no amor o sentido de sua vida. Seus anseios, desejos e ações giram em torno deste sentimento. Os fatos decorrentes na história vêm demonstrar a força deste amor idealizado. Na leitura dos romances “O Guarani”, de José de Alencar, e “Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães, – ambos escritos no século XIX – percebe-se as características do período. O herói de O Guarani, Peri e a heroína Isaura, de Escrava Isaura, são figuras idealizadas. Ambos possuem características nacionalistas que nos remetem a época de liberdade colonial pela qual o Brasil estava passando. Carregam características de heróis em sua personalidade e traços incomuns para seu arquétipo. No caso da personagem escrava Isaura há uma valorização exacerbada de sua beleza e suas virtudes. Ela era uma escrava, e a primeira característica ressaltada é sua pele de cor branca. É cobiçada pelos homens que a conheciam, por sua beleza, educação musical e por saber ler e escrever. Isaura não tem as mesmas características que as demais escravas, isto que acontece no romance, o herói é caracterizado por forças sobre-humanas e idealizadas. A personagem enfrenta muitas barreiras e dificuldades para viver a plenitude do amor. O mesmo ocorre com Peri, um índio da tribo Goitacá, que salva a filha de um fidalgo português e se apaixona por ela. Ele enfrenta os índios da tribo dos Aimorés porque eles querem vingar-se de D. Antônio – pai de Ceci, seu grande amor. Assim como no romance de Isaura, Peri é dotado de características sobre-humanas, sua força é a de um herói. Pelo amor que sente por Ceci, pelo desejo inquebrantável de vê-la bem e viva, arrancou do chão uma árvore para que os dois pudessem flutuar até a margem do rio sem se afogar - quando eles estavam fugindo da briga entre D. Antônio e a tribo dos Aimorés. É com naturalidade que Peri realiza tal proeza, e percebemos então a idealização romântica.