Wednesday, March 26, 2014

Reflexos contemporâneos do período barroco

Assista à reportagem que segue, a respeito da segregação religiosa, e correlacione com o “Sermão do bom sucesso pelas armas de Portugal contra as de Holanda”, do Padre Antônio Vieira.





Analise as questões:

Como essa segregação é apresentada pelo Padre Vieira e como isto é refletido na contemporaneidade? Como você analisa a fraternidade proposta pelo Padre Vieira?


Link para acessar o “Sermão do bom sucesso pelas armas de Portugal contra as de Holanda”.

18 comments:

Anonymous said...

Esse padre Vieira, hein...

Anonymous said...

Letícia Marques Hermesmeyer e Vasti Ferreira de Assis - 1º ano de Letras

No século XVII, Padre Vieira no “Sermão do Bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” considerava que apenas a igreja católica podia evangelizar e catequizar. Houve segregação naquela época, quando por exemplo o padre se refere aos holandeses como hereges, pois os mesmos não seguiam os dogmas impostos pela Igreja Católica. Na parábola das dez virgens, Vieira enfatiza que a verdade está com ele, pois diz que os holandeses são ''hereges'', pois estão com as lâmpadas apagadas, ou seja, não têm a verdade. Mesmo após séculos, nos dias atuais ainda há segregação religiosa, apesar da ''liberdade'' religiosa estar prevista na constituição de 1988, muitas pessoas sofrem discriminação devido as suas crenças religiosas.

Anonymous said...

Andrey L. Scola, Steven Stegemann e Weslley Maurício - 1º ano de Letras

A visão mais conhecida como "Quinto império", diz respeito aos atos de pregar do padre que sonhava uma nova era de fraternidade e compreensão entre todos os povos, culturas e sensibilidades religiosas. O padre tinha o papel de expandir a religião católica, aceitando o sim ou o não dos que lhe escutavam sem demonstrar nenhum tipo de preconceito com os demais. Porém o nível de irmandade e respeito com o próximo era associado ao compartilhamento da mesma crença. Pois só depois de catequizados, segundo o “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, "Os indios deixaram de ser nomeados como animais, e foram tratados como irmãos depois de catequizados". O mesmo aconteceu quando a Holanda invadiu o Brasil, os holandeses foram rejeitados por serem Calvinistas. Hoje, a mesma situação se repete. Como visto no vídeo postado no exercício, a professora pregava o cristianismo, e segregava alunos com crenças diferentes e que se negavam a aceitar o cristianismo. Assim, a exclusão religiosa repete valores do século XVII associados à compreensão dos indígenas como "animais" e os católicos como "irmãos", usando o exemplo do sermão do Padre.

Anonymous said...

Fernanda de Amorim – 1° ano de Letras

O padre Antônio Vieira apresenta a segregação religiosa no “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” apontando que os holandeses seriam uma ameaça para o Brasil. Diz ainda que a Holanda não separaria as pessoas em idade e/ou sexo. Refere-se como se os holandeses fossem pecadores por serem calvinistas, desse modo coloca-se como superior aos holandeses (tanto ele quanto toda Portugal). Em seu sermão implora e passa a questionar Deus, colocando-o “contra parede” para que Ele ajudasse Portugal nessa batalha. Seguindo essa visão do padre Antônio Vieira, podemos notar nitidamente que ainda há segregação religiosa mesmo que tenhamos alcançado uma tolerância nessa questão (tendo mais liberdade de escolha e de expressão), como por exemplo, famílias que não aceitam um casamento pelo “pretendente” ser de outra religião, ou uma pessoa ser discriminada e violentada física ou verbalmente por seguir uma religião diferente e incomum para o meio em que vive, como podemos notar no vídeo postado no exercício. Nessa linhagem ele influencia ainda hoje os pensamentos dos católicos, que como a professora da reportagem induz que seus alunos sigam sua religião, pois a considera certa e salvadora. O padre refere-se à fraternidade apenas aos seguidores do Cristianismo, coloca-se de um modo preconceituoso aos demais, como se Deus devesse olhar mais para eles e os seus “irmãos”, como se apenas o Cristianismo fosse aceito. O sentido de fraternidade deveria quebrar as barreiras da religião.

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Vivian e Sabrina - 1° ano de Letras

No “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, o Padre Antônio Vieira defende a ideia de que Deus deve obrigatoriamente ajudar o povo de Portugal, por conta da sua religião. Para ele, é como se o catolicismo fosse superior às outras práticas religiosas. Com base nesse pensamento, ele passa a questionar Deus utilizando a Bíblia, tenta seduzir a Deus para que ele esteja do seu lado na batalha contra os holandeses. Seu desejo era vencer, e convencer as demais pessoas ,e até o próprio Deus, de que o justo seria que seu povo fosse o grande vencedor.Com relação ao vídeo, acontece uma situação semelhante. Nesse caso, o pensamento da professora se assemelha ao do religioso. A sua postura influenciou os alunos, até o ponto de praticarem um tipo de “agressão” àquele que professava outra fé. A professora induziu a um pensamento de que sua religião era a certa, causando a divisão na sala de aula, e automaticamente impedindo a liberdade de expressão de seu aluno.
Hoje, vivemos um período de liberdade em todas as áreas, inclusive na religião. Portanto esse tipo de situação tende a gerar discussão e polêmica. Embora sejamos livres, o preconceito existe e deve ser questionado.

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Gabriel e Roger - 1º ano de Letras

No período barroco a Igreja Católica tinha certo poder predominante tanto na parte religiosa quanto política. Atualmente a Igreja Católica não exerce tanto poder quanto antes, mas, como é a religião que possui mais adeptos, ainda há uma certa predominância das ideias católicas. Sendo assim, existem segregação e preconceito quanto às religiões com menos adeptos.

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Heloiza, Jeferson e Tainara - 1º ano de Letras

Em seu “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, Vieira é bastante parcial. Quando pede a Deus o seu amor e sua compaixão o faz apenas em sua causa. Segundo a sua pregação a religião católica, em especial a romana, é a única verdadeira e merecedora do amor divino, portanto, fraternidade, pare ele é somente para os que professam a mesma fé. Ele faz isso a ponto de pedir que Deus intervenha contra o exército holandês e em prol dos portugueses/brasileiros, destruindo suas armas, espalhando a miséria e as calamidades em suas terras, para que ficasse legitimada a Fé romana como a única verdadeira. Vieira entende que para conquista das terras por parte de Portugal não havia necessidade de banhos de sangue, pois Deus legitimava as ações portuguesas. É um grande exemplo do extremismo religioso em que ainda vivemos em nossos dias, passados já mais de 370 anos, curiosamente nas mesmas terras. Em pleno século XXI, ainda há uma visão “fechada” com relação a diversas religiões existentes. Tendo mais credibilidade a religião considerada maior mundialmente. Desta maneira há preconceito por parte dos que compartilham a fé católica. As religiões cristãs, que também competem entre si, tem seu alvo e ponto comum principalmente as de base africana. Isto pode ser explicado porque essas crenças eram do povo escravo e historicamente tudo que é de origem negra é passível de segregação. Por sua vez, compete justamente àqueles que serão formadores de opinião na sociedade a busca por essa mudança de pensamento e não o reforço de tudo isso que historicamente tem jogado pessoas a margem da sociedade apenas devido a professarem fé diferente da maioria.

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Letícia Gomes Kiraly - 1º Ano de Letras

“Moisés disse-vos: Ne quaeso dicant: Olhai, Senhor, que dirão. — E eu digo, e devo dizer: Olhai, Senhor, que já dizem. — Já dizem os hereges insolentes, com os sucessos prósperos que vós lhes dais ou permitis, já dizem que porque a sua, que eles chamam religião, é a verdadeira, por isso Deus os ajuda, e vencem; e porque a nossa é errada e falsa, por isso nos desfavorece, e somos vencidos. Assim o dizem, assim o pregam, e ainda mal porque não faltará quem o creia.”

Padre Vieira possui a ideia, e a defende com vigor, de que a sua religião é a verdadeira e de que somente existe um único Deus. O dele. O da Igreja Católica. Com bases nesses pensamentos, qualquer um que pense de maneira diferente não é digno de Deus e são totalmente isolados e agredidos por ter tais ideais. Ter pensamentos diferentes e mostrá-los era apresentado como uma difamação para a Igreja e visto como um herege. Depois vinham as consequências. Contudo, ao olharmos para o nosso mundo de hoje percebemos que pouca coisa mudou. Há ainda muitos preconceitos e com eles vêm as consequências. O medo de algo diferente é visível em agressões verbais e físicas, muitas vezes resultando em morte. Muitas dessas ações podem acontecer por causa da religião e em escolas que deveriam ser laicas. Há casos de crianças sofrendo bullying por serem de religiões diferentes, terem crenças diferentes. Essas crianças que cometem tais atos reproduzem modelos preconceituosos aprendidos em casa.

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Allis, Kevin e Elizete – 1º ano de Letras

Podemos comparar a religião no período Barroco com a religião na atualidade devido ao fato de existir intolerância religiosa. Na época da colonização portuguesa no Brasil, os cristãos, por meio da catequização indígena, tentaram de todas as formas “introduzir” sua religião aos nativos. Isso ocorre até hoje devido ao preconceito religioso, onde a crença do próximo não é respeitada e julgada como incerta, gerando assim perseguições e bullying. O “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” relaciona-se com a reportagem postada no exercício se levarmos em consideração que o Pe. Antônio Vieira acusa o Criador de perseguição contra a fé portuguesa, usando o ataque holandês como forma de punição pelos seus “pecados”. Aqui, podemos comparar o exército de Holanda aos agressores do menino praticante do Candomblé, e os portugueses ao próprio agredido.

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Mônica Cortez França, Carolina Floriano e Bianca Vendramini Vidal – 1º ano de Letras

Em 1640 o Padre Antônio Vieira usou da sua audácia e persuasão sobre os fiéis para que acreditassem que, por serem cristãos e católicos, eram superiores e merecedores da graça de Deus. Ele tinha como objetivo incentivar os brasileiros a se unirem em armas para uma batalha contra a Holanda, e passou a confiança que Deus estaria do lado dos fiéis e eles venceriam. Pode parecer absurdo que alguém tenha o poder de persuadir a outrem a agir de acordo com suas crenças e que se outro for contrário é considerado herege. Séculos se passaram e a prática de superioridade em relação ao cristianismo continua e com os mesmos ideais. No caso da professora do vídeo postado no exercício, como educadora é uma figura que deveria transmitir bons exemplos, no entanto impôs o cristianismo numa escola que deveria ser laica, contrariando o ensinamento básico bíblico: amar ao próximo como a si mesmo.

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Ana Paula, Carolina Evelyn, Daiane e Mayessa - 1º ano de Letras

Padre Vieira no seu “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” demonstra claramente que é contra o domínio da Holanda sobre os brasileiros e portugueses. Pois além do catolicismo predominar no Brasil de uma forma muito forte, os portugueses queriam dominar as riquezas do país, tomando posse de tudo o que havia nele, assim como os holandeses tinham o mesmo interesse, além, de querer implantar a sua doutrina Calvinista. O Padre Vieira justifica a sua defesa com a fé, gerando certo preconceito contra os holandeses, que é o que reflete no vídeo, a vítima enquanto não manifestou a sua religião era aceito por todos, a partir do instante em que ele se declarou praticante do Candomblé, houve preconceito da parte de seus colegas, causando o que chamamos hoje de bullying.

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Cymara Sell - 1º ano de Letras

Padre Vieira, no “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, apresenta, de forma convicta, a superioridade de sua fé católica sobre as religiões luterana e calvinista, utilizando-a como argumento para, perante um deus hominizado, obter sucesso em uma corrente guerra entre Portugal e Holanda. A superioridade extrai-se de diversos trechos do texto, mas é notadamente interessante, na parte II do Sermão, observar que as crenças indígenas e africanas não são consideradas ameaçadoras. Pelo contrário, os povos indígenas e africanos são tidos como bárbaros, inconstantes e boçais e incapazes de fazer qualquer juízo; a eles cabe apenas oscilar entre a fé católica e protestante, estas sim, verdadeiramente ameaçadora. Se contextualizarmos o sermão, perceberemos que a disputa entre católicos e calvinistas aventada nada mais é que uma disputa territorial entre países; o discurso religioso, aqui, está somente legitimando uma guerra; e por dirigir-se com argumentos irados contra o próprio deus, que não teria outra alternativa senão conceder vitória a Portugal, produz o efeito de, tanto levantar o moral dos que lutarão, quanto sugerir a adesão irrevogável das elites locais. Fazendo um link entre a época do sermão e a atual, percebemos que ainda há muita intolerância religiosa. Talvez referida intolerância se deva a incompreensão a respeito das diversas culturas de que se constitui a humanidade, e da religiosidade como uma manifestação cultural como qualquer outra. Mas se essa intolerância surge, com maior veemência, por parte de cristãos, é de se questionar se não há algo intrínseco ao cristianismo que possibilite tal intolerância. Particularmente, acredito que uma religião centrada em um homem que diz ser o único caminho, a verdade e a vida, sempre possibilitará extremismos e intolerância.

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Isabel Ignácio e Camila Gomes - 1º ano de Letras

Observando o caso do menino praticante do Candomblé, conforme o vídeo postado no exercício, e o “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” do Padre Antonio Vieira claramente podemos relacionar ambos com o sentimento de superioridade de certas religiões sob as outras, assim como a opressão que sofrem aqueles que optam por outra fé, especialmente religiões não cristãs. Apesar da grande diferença temporal, em ambos os casos constata-se o mesmo problema, causado na maioria das vezes pela própria igreja, e não pela opinião da pessoa, o preconceito. A aceitação do outro ainda é estimulada dentro da igreja e a postura de "donos da verdade" permanece em ambientes que incentivam, ou ao menos deveriam incentivar, o amor ao próximo, sendo que uma grande quantidade de pessoas que se dizem cristãs orgulha-se em repudiar outras manifestações de fé. A hipocrisia religiosa é tanta que a religião pode ser considerada um grande mal para a humanidade, já que como observamos, mesmo depois de tanto tempo a segregação prevalece.

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Caroline Schmidt - 1º ano de Letras

Fica claro, em seu “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda” que Padre Vieira é contra o domínio da Holanda sobre Brasil e Portugal. Os portugueses, assim como os holandeses queriam dominar todo o país. Além disso, os holandeses também queriam implantar a doutrina calvinista, a qual Padre Vieira demonstra claramente seu preconceito, já que o catolicismo é predominante no Brasil. O vídeo demonstra este mesmo tipo de preconceito: Vítima no vídeo sofre o que hoje chamamos de bullying, depois que se declara praticante do candomblé. A situação de segregação da vítima no vídeo é tão intensa quanto à de Padre Vieira contra os holandeses e a doutrina calvinista.

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Karine, Estefany e Gabriela - 1º ano de Letras

Segundo o Padre Antônio Vieira no “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”, as comparações de religião adotada pelo povo holandês é que eles não seriam um povo que temia a Deus,como os católicos. Caso invadissem o Brasil,todas as crianças e mulheres sofreriam, e o Reino de Deus não seria mais um lugar imaculado. Os portugueses eram considerados por Vieira um povo superior por serem católicos, pois eram fiéis e adoradores, por tal razão mereciam ficar com o Brasil.
As citações do Padre ainda estão presentes no nosso cotidiano, partindo pela reportagem do blog, onde mostra que ainda hoje as pessoas são julgadas pela sua escolha de religião e são tachadas de pecadoras e não merecedoras da salvação divina por adotarem crenças não cristãs.

Anonymous said...

Nicole de Medeiros Barcelos – 1° ano de Letras

Ingenuidade pensar não haver segregação religiosa na sociedade contemporânea, na ilusão de que o progresso da humanidade ao longo da história tenha sido plenamente capaz de dar fim a tal espécie de preconceito. Apesar da política de liberdade de religião vigente, garantida por constituição, não é preciso ir muito longe para observar manifestações de intolerância religiosa. A exemplo disso encontra-se a situação apresentada pela reportagem a respeito da discriminação (e rechaço) de um estudante praticante do Candomblé por parte de uma professora cristã em plena sala de aula.
Essa prática de bullying, talvez menos comum que aquela referente a outras características do sujeito (aparência física, intelectual...), é um (infeliz) legado deixado ao brasileiro. Legado esse que traça as suas origens a épocas em que religião e Estado ainda não haviam sido separados – e eram convenientemente aliados, a bem da verdade – por volta do fim dos anos 1500, começo dos 1600: um contexto não propriamente favorável ao catolicismo, haja vista o surgimento de outras religiões “opositoras”, tampouco a Portugal e suas extensões territoriais, com a ocupação holandesa de terras brasileiras, em que a segregação cria suas raízes no Brasil, como mostra o “Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda”.
Padre Antônio Vieira, autor do sermão, em seu discurso “contra-reformista” – sendo ele parte da Companhia de Jesus, mecanismo criado pela Igreja Católica em “resposta” à Reforma Protestante ocorrida na Europa do século XVI – não hesita em denominar hereges os holandeses calvinistas (o calvinismo foi uma das religiões surgidas em detrimento da reforma e “opunha-se” ao catolicismo português), menos ainda em expressar seu descontentamento na “preferência” divina dada aos culpados da heresia (de não ser católico), tendo em vista a vantagem de Holanda no dado momento. A ideia de que Deus deveria “beneficiar” apenas aqueles de fé católica, ao invés dos “hereges”, é enfatizada mais de uma vez pelo padre, sinal evidente da sensação de superioridade católica ante as outras crenças emergentes (na Europa), bem como da ameaça dessas para com o poder da igreja e sua reação protetora, fechando seu círculo de modo que os únicos merecedores são os que são parte dessa religião – uma vez que são eles que a defendem, e que são incentivados a defendê-la pelo padre. A questão não é apenas religiosa: é territorial, no sentido de o que a invasão holandesa poderia desencadear em, como o domínio da colônia pelas mãos desse país, por isso, também é uma questão política.
Em pleno século XXI, a segregação religiosa perde o cunho político antepassado, sendo o Estado laico, mas continua com o protecionismo de antigamente. O pensamento de haver uma superioridade religiosa persiste, consoante ao que foi pregado no passado. A aversão ao “novo”, o “diferente”, continua viva no imaginário popular e faz com que princípios cristãos básicos, como o de aceitação (antes não de pleno conhecimento dos fiéis, dada a língua em que o livro sagrado era redigido, o que já não é mais uma realidade) ainda sejam distorcidos e que a religião seja, de certa forma, uma imposição, como se coubesse a um indivíduo catequizar aqueles de fé diferente da sua, como antes ocorria, ou a ele fosse dado o direito de "combater" outras crenças.

Anonymous said...

Ao fazermos a correlação de segregação religiosa com o sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda do Padre Antonio Vieira nos deparamos com a ralidade de que na época do mencionado autor , o preconceito religioso era forte, assim como o é nos dias atuais. O Padre Antonio Vieira utilizou de seu conhecimento exegético para defender favorosamente seus ideais católicos, exortou o povo contra os inimigos de sua fé. Apregoou os holandeses, tanto luteranos como calvinistas, chamando-os de heréteos, gente pervertida, cegos sem fé e mancos sem obras. Nessa época a necessidade de se evangelizar os novos povos conquistados nas suas doutrinas era imperativo. Não se respeitava a crença religiosa dos bconquistados, a imposição era absurdamente clara. Seguindo essa linha de raciocínio, atualmente, a sociedade permite que certos líderes ou membros exortam seus congregados em nome da fé. Tanto os católicos como evangélicos travam batalha contra a liberdade dos descendentes afro-ameríndios manifestarem suas crenças ou mesmo professarem, chamando-os de pagãos ou heréticos. Se naquela época existia o preconceito, o que se dirá dos dias atuais? Mudaram as datas, mas o cenário parece o mesmo. Casos absurdos de segregação religiosa em escolas, praças, bairros, cenas de violência, de bullings contra seus semelhantes. Demonstramos quão longe estamos da paz, da tolerância, da composição, do respeito, da fraternidade, da igualdade e da liberdade.

Alunos:
Daniela
Deisy
Agostinho

Anonymous said...

Thiers Klimczuk
1º ano - Letras

Padre Vieira, em seu "Sermão Para o Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda", é muito claro quanto ao maniqueísmo religioso como forma de manipulação das massas. A intenção, como discutido em sala de aula, era levantar o povo brasileiro contra os holandeses, calvinistas e, portanto, hereges. Vieira não se distancia muito do que vemos hoje, em pleno século XXI: ainda são muito comuns ataques religiosos e influências "divinas" continuam ditando quem as pessoas devem ou não aceitar.
Com relação ao vídeo, podemos traçar um paralelo entre Vieira e a professora, os alunos e o povo brasileiro: duas autoridades frequentemente passando seus valores para os ouvintes. Nessa relação, o aluno hostilizado representa os holandeses. No entanto, a reportagem esclarece que será apurado o comportamento da professora. Em outras palavras, é perfeitamente possível que ela estivesse exercendo sua fé, mesmo que de forma extrapolada, e acabou por influenciar o restante do grupo. Eis a diferença entre os dois comunicadores.
Por fim, a fraternidade proposta por Vieira seria a de pregar aos povos ditos hereges por amor ao próximo pra que se convertessem. Considerando a ideia, nota-se claramente a noção de que o diferente é ruim e precisa ser mudado, tornando o termo "fraternidade" mera ferramente retórica.